A gwk, empresa do grupo technotrans SE, representada em Portugal pela Plasequip, assegurou dois grandes contratos nos segmentos da eletromobilidade e do processamento de plásticos. Em março de 2021, a empresa entregou um sistema central de ultrafrio a um fabricante de baterias de iões de lítio para veículos elétricos e 52 unidades de controlo de temperatura de óleo a um fabricante de calandras.
Num dos projetos, foi instalado um sistema central de refrigeração ultrafrio para a produção de baterias de iões de lítio para veículos elétricos com uma capacidade de arrefecimento de 2250 kW para temperaturas médias até -10°C.
A Gesellschaft Wärme Kältetechnik GmbH foi selecionada para estes projetos, com um volume de encomendas na ordem dos sete dígitos, graças à possibilidade de adaptação da sua tecnologia às aplicações específicas envolvidas, assim como à sua capacidade de garantir uma rápida entrega das encomendas. Os sistemas foram fornecidos para diversas localizações na Alemanha e noutros países.
Para o primeiro projeto, a gwk desenvolveu um sistema central de refrigeração ultrafrio para a produção de baterias de iões de lítio para veículos elétricos. A produção das baterias exige condições ambientais especiais, sendo a temperatura e a humidade atmosférica particularmente importantes. Diversas tecnologias de produção de baterias geram substâncias nocivas, as quais, nomeadamente as partículas em suspensão, constituem um risco para os funcionários, para as máquinas e para os produtos nas áreas envolventes. “O nosso sistema garante um ambiente seguro ideal para a produção das baterias. Além disso, trata-se de um sistema extraordinariamente poderoso com uma capacidade de refrigeração de três vezes 750 kW a -10 °C”, explica Nico Küls, responsável de vendas e marketing na gwk. É um sistema estacionário que será integrado num edifício na localização de utilização. Para garantir um arranque rápido e sem problemas, a gwk desenvolveu uma versão do sistema pronta para utilização na fábrica de Meinerzhagen.
O cliente escolheu a gwk como parceira para este projeto devido à capacidade técnica da mesma e à capacidade de fornecer uma solução à medida, assim como de garantir a integração no processo existente. A sustentabilidade era outro fator importante para o cliente. “A nossa tecnologia torna o processo de produção de baterias mais eficiente e sustentável. As nossas soluções são utilizadas numa fase mais inicial da produção, de modo a que a pegada de carbono total da cadeia de abastecimento possa ser consideravelmente reduzida”, afirma Michael Finger, porta-voz da administração da technotrans SE.
Para o segundo projeto, a gwk irá fornecer um total de 52 unidades de controlo de temperatura de óleo da série 'tecma' para utilização em sistemas de calandras. O método industrial padrão para a produção de elétrodos de baterias é baseado num processo de revestimento químico húmido no qual o material ativo na forma de uma suspensão é aplicado a uma película de metal. As unidades de controlo de temperatura da gwk garantem perfeitas condições para este processo.
As unidades de aquecimento e refrigeração prontas para ligação estão equipadas com um sistema de refrigeração indireto, o qual utiliza um óleo de transferência de calor como fluido de circulação. O circuito de óleo, que é concebido como um sistema fechado, permite uma temperatura do fluido até 200 °C. Dependendo das condições de funcionamento, é fornecido calor ao dispositivo ligado através do aquecedor, ou é retirado calor através do sistema de refrigeração. A temperatura do fluido de circulação é controlada automaticamente. Um sensor de temperatura integrado no dispositivo deteta a temperatura atual existente. O sistema de controlo por microprocessador compara o valor medido com o ponto de regulação pré-selecionado e controla o sistema de aquecimento ou refrigeração. Uma cadeia de segurança abrangente garante o funcionamento fiável do sistema.
Para além do elevado nível de conhecimento da indústria de processamento de plásticos, o fator determinante para a decisão a favor da gwk foi a “elevada capacidade de consultoria e de apresentação de soluções da empresa, mesmo para além do atual projeto”. De acordo com a empresa, outra vantagem da gwk é a sua capacidade de satisfazer grandes encomendas num prazo muito curto e de fornecer um grande número de unidades de controlo de temperatura sem comprometer o projeto à medida. “Os nossos produtos são adaptados com rigor aos requisitos específicos da tarefa em questão, garantindo assim parâmetros ideais para os vários processos. Nem todos os concorrentes conseguem fazer isso", afirma Michael Finger com confiança.
A flexibilidade da gwk também pesou no processo de decisão: para estes projetos, a empresa forneceu produtos para temperaturas que variam de -10 °C aos +200 °C. “A gama de sistemas fornecidos não é de forma alguma o limite daquilo que pode ser conseguido. A nossa carteira de produtos é muito mais extensa, incluindo sistemas e componentes com uma gama de temperaturas entre -80 °C e +400 °C”, afirma Nico Küls. Ambos os clientes mencionaram a possibilidade de projetos subsequentes e já se encontram em conversações com a gwk.
O facto de a gwk ter sido encarregada destes dois projetos de grande escala é o resultado das medidas tomadas ao abrigo da estratégia ‘Future Ready 2025’ do grupo technotrans. A finalidade da criação da marca global technotrans é aumentar o impacto económico e tecnológico de todo o grupo. Como parte desta mudança, a gwk e a Reisner serão fundidas no final do ano. “As sinergias resultantes e a maior eficiência já estão a ter um efeito muito positivo neste tipo de projetos de grande escala, e isto é apenas o início”, afirma Michael Finger.
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