48 RECICLAGEM muito difíceis de separar mecanicamente. Além disso, têm diferentes temperaturas de fusão, o que dificulta o processo de extrusão deste material durante a refabricação de novos produtos. A reciclagem mecânica não pode lidar facilmente com filmes multicamada. Em alguns casos, a reciclagem química pode ser uma solução: “trata-se de quebrar os hidrocarbonetos em petróleo que é refinado e transformado em combustível ou transformado em resina com o objetivo de fechar o ciclo”, diz Enrico Siewert. No entanto, este processo ainda está em fase de desenvolvimento, ainda é muito caro e apresenta dificuldades significativas. EQUIPAMENTO DE CLASSIFICAÇÃO ESPECÍFICO PARA UMA TAREFA DESAFIADORA Filmes e materiais plásticos flexíveis exigem equipamentos de classificação muito específicos, como os da Stadler, devido ao tamanho e comportamento dos materiais emmáquinas específicas. O processo começa com a entrada dos materiais – compostos principalmente de PE e PP –, em fardo, na unidade de processamento, que os tritura. Posteriormente, o material é alimentado através de um separador balístico, onde é dividido em dois fluxos, 2D e 3D. O material 2D é espalhado e passa por separadores óticos para separar o PEBD, PP e PEAD. Segue-se a separação por densidade num tanque, onde os materiais leves de PE e PP flutuam e os materiais mais pesados afundam e passam por pás, que os limpam. O PE e PP flutuantes são então triturados em pedaços menores e posteriormente limpos com água quente e/ou fria em diversos dispositivos de fricção. Este processo atinge uma separação muito boa, comcerca de > 70%da saída composta de PE e PP (em grande parte dependente da pureza do material de entrada). O material é refundido em resina, que é então filtrada para remover quaisquer partículas remanescentes de impurezas, como papel, sujidade, alumínio e outros polímeros não conformes. Quando omaterial não é separado por cor numa fase inicial, no final deste processo obtemos pellets limpos, cinza escuro, compostos por até 99% de PE puro. Este material pode ser usado para produzir itens de filme plástico preto, como sacos de lixo. Também pode ser reciclado quimicamente no final do processo para retirar a coloração e obter uma resina transparente quase como a virgem. AUMENTA A PROCURA DE SOLUÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS E FILMES A Stadler verificou um aumento na procura de soluções de classificação para filme e embalagens flexíveis desde que concluiu a sua primeira fábrica para a Integra, em Sofia, Bulgária, em 2018. Os seus separadores balísticos, removedores de etiquetas e esteiras transportadoras estão no centro da sua oferta para estações de separação de filmes. A empresamantemuma atualização constante da sua oferta, ouvindo os clientes e desenvolvendo soluções para os problemas que surgem. “Estamos sempre a desenvolver novos equipamentos, estabelecendo parcerias e procurando formas de lidar com esse fluxo de material difícil de reciclar, porque os nossos clientes o exigem”, diz Enrico Siewert. “E estamos a refinar os nossos sistemas para as fábricas de reciclagem química, que estão cada vez mais conscientes da necessidade de sistemas sofisticados de front-end para classificar, filtrar e lavar os materiais antes que eles possam ser quimicamente decompostos em reciclados”. A Stadler também está ativamente envolvida no diálogo contínuo entre a indústria de reciclagem e grandes marcas sobre a adoção de uma abordagem mais sustentável de 'Design para a Reciclagem' de embalagens que facilite a recuperação de materiais no final de sua vida útil. “Acredito que, na Stadler, somos muito bons a ouvir os nossos clientes e entender as suas necessidades. Trazemos a equipa certa e experiência no setor, e prestamos atenção, estamos envolvidos no setor, sempre olhando para a nova tecnologia que chega, para que possamos aconselhar os nossos clientes sobre a melhor solução para a sua operação – que tecnologia está disponível, como sequenciar o equipamento corretamente para preencher a lacuna entre o resíduo descartado e o produto reciclado acabado”. n Enrico Siewert, diretor de Desenvolvimento de Produto e Mercado da Stadler.
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