BP12 - InterPLAST

SUSTENTABILIDADE 51 estas influenciam positivamente o desempenho das empresas a diversos níveis. Neste estudo, as práticas de GARC no setor dos plásticos não influenciam o desempenho ambiental, económico, de inovação e de exportação das empresas. A razão da inexistência desta relação pode residir no facto de as práticas de GARC exigirem conhecimento técnico e, consequentemente, formação. Sendo que a amostra é maioritariamente constituída por PME, estas, não tendo recursos de investimento em formação para o aumento do conhecimento nesta área, podem enfrentar dificuldades na implementação destas práticas. Por outro lado, por ser um investimento a longo-prazo e cujos resultados levam tempo até se refletirem no desempenho, a ausência de provas desta relação positiva pode dever-se ao facto de as empresas do setor analisado estarem ainda numa fase muito precoce do processo de mudança. Embora haja práticas de GSCA e estas sejam medidas importantes, a GARC é algo que as empresas integradas no setor industrial dos plásticos terão de investir para poderem ser ambientalmente responsáveis, se quiserem sobreviver a longo prazo. Os resultados revelaram também que não existe uma relação relevante entre as práticas de GSCA e o desempenho ambiental. Pressupôs-se ainda que a relação entre a GARC e o desempenho ambiental fosse influenciada pela ecocentricidade, o que não se provou verdadeiro na amostra estudada. Dado que a ecocentricidade se foca principalmente na colaboração e aprendizagem das empresas com os stakeholders para alcançar objetivos de sustentabilidade, uma explicação possível para estes resultados pode ser o facto de este processo ser bastante trabalhoso, dada a necessidade É urgente trabalhar a cultura ambiental para que as empresas possam renascer em termos ambientais e para que se consiga interiorizar nelas a necessidade de uma mudança de paradigma

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