5 Atualidade Plast regressa a Milão cinco anos depois A indústria do plástico e da borracha tem encontro marcado na Fiera Milano Rho, de 5 a 8 de setembro. Cinco anos depois da última edição, a feira italiana Plast, dedicada às tecnologias, materiais e soluções para o setor, regressa com expectativas redobradas e conta já commais de 800 expositores inscritos. Dezenas de expositores que participam pela primeira vez ou que regressamdepois de terem faltado a algumas edições são uma prova clara da atratividade do evento e do sucesso dos organizadores em manter o foco no mesmo. Outros sinais importantes são o regresso confirmado dos pavilhões chinês e iraniano e a estreia da coletividade francesa. As inscrições continuam abertas e o objetivo da organização é atrair ainda mais expositores e visitantes internacionais. Neste sentido, a Promaplast srl assinou um acordo sinérgico com a Ipack-Ima de forma a promover a Plast junto dos operadores do setor da embalagem, estreitamente ligado à indústria de plásticos, representando cerca de 40% da procura de polímeros. A Plast 2023 é composta por seis pavilhões: Os pavilhões 9 e 11 serão ocupados por fornecedores de matérias-primas; os pavilhões 13 e 15 serão dedicados à extrusão; e os pavilhões 22 e 24 centrar-se-ão na injeção, sopro e periféricos. EDITORIAL A digitalização da indústria, ou melhor, a adoção de ferramentas digitais que permitem aos decisores obter informação concreta sobre qualquer processo a decorrer numa unidade de produção industrial, é, tudo indica, um caminho de sentido único. À medida que vão implementando ferramentas que permitem a interligação dos equipamentos através de redes de internet (IoT), a partilha de dados na nuvem ou a implementação de ‘gémeos digitais’, as empresas passam a ter acesso a uma grande quantidade de dados, até aí desconhecidos. Isto significa que as decisões podem, então, ser tomadas com base em factos e não em suposições ou em demorados testes tentativa-erro. Além de agilizarem processos, as ferramentas digitais permitem evitar falhas na produção e poupar recursos cada vez mais valiosos, como a energia, as matérias-primas e o tempo de trabalho dos operadores. A braços com o aumento dos preços de todos estes fatores, a indústria de plásticos nacional só tem a ganhar com a implementação de uma estratégia digital. Nesta edição, contamos-lhe os primeiros passos dados pela Neutroplast nesse sentido. Mas, ao envolver uma grande quantidade de dispositivos com ligação à internet, a digitalização aumenta o perigo de ataques cibernéticos e, por isso, exige medidas adicionais de cibersegurança. No artigo da página 29 explicamos-lhe que precauções devem ser tomadas e quais os passos a dar em caso de ataque. A transformação digital da indústria é, aliás, o tema central da próxima EMAF, que terá lugar de 31 de maio a 3 de junho, na Exponor. A InterPlast vai lá estar para lhe reportar as principais novidades neste campo, em particular as que mais se adequem à indústria de plásticos. Mas antes, neste número, dedicamos algumas páginas à utilização de materiais plásticos numa área em crescimento: a construção. As medidas anunciadas pelo Governo de apoio à construção de novas habitações e os incentivos do Fundo Ambiental ao isolamento térmico dos edifícios deverão fazer aumentar a procura de produtos de todos os materiais utilizados nestas áreas, incluindo os plásticos. No caderno dedicado ao tema, analisamos as principais aplicações neste segmento. Fique a conhecer, também, alguns dos principais projetos de I&I&D em curso, relacionados com os materiais poliméricos, em que os centros de investigação e inovação nacionais estão envolvidos. Uma nota final para o lançamento no mercado nacional de novos equipamentos na área dos periféricos, da inspeção de peças, da soldadura de peças e da reciclagem de plásticos, de que também lhe damos conta nesta edição. Boa leitura! Digitalização: um caminho de sentido único
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