A Universidade Técnica de Munique (TUM), a Oerlikon, a GE Additive e a Linde estão a colaborar para criar um cluster de fabricação aditiva na Baviera, Alemanha. A iniciativa tem como objetivo fomentar a investigação nesta área, a partir de uma única localização, e apoiar as empresas no processo de transição para esta nova tecnologia.
Os esforços de colaboração ajudarão a integrar a impressão 3D nos processos de fabrico e permitirão às empresas utilizar a tecnologia na sua produção. O cluster AM (Additive Manufacturing) está aberto a empresas, organizações e instituições académicas. Neste momento, conta já com a participação da TUM, que desenvolve investigação na área da medicina antroposófica, e com diversas autoridades reguladoras responsáveis por supervisionar e regular o uso da tecnologia nas indústrias.
“Ao ter todos os agentes num único centro estamos a acelerar o desenvolvimento e a aplicação da tecnologia nas diversas indústrias”, comentou o Prof. Dr. Michael Suess, presidente da Direção do Grupo Oerlikon. “A Baviera é o local perfeito para albergar esta iniciativa, visto que promove a eficiência energética e produtiva, que apoia os objetivos de sustentabilidade da Alemanha e o desejo do país de integrar novas tecnologias".
“O projeto é um excelente exemplo da estreita colaboração entre a indústria, a academia e a política para inovar e industrializar uma tecnologia como a fabricação aditiva”, comentou o Dr. Roland Fischer, CEO do Grupo Oerlikon. “Esta tecnologia apoia o nosso objetivo de proporcionar soluções sustentáveis para todas as indústrias”.
A tecnologia de fabricação aditiva, conhecida vulgarmente como impressão em 3D, permite a impressão camada a camada de componentes metálicos ou poliméricos e vem transformar completamente o processo de produção, exigindo mudanças em todas as áreas: cadeia de abastecimento, produção, formação dos funcionários, controlo de qualidade, validação de produtos e regulamentação.
Jason Oliver, presidente e CEO da GE Additive, acrescentou: “A Baviera já goza de uma enorme reputação como ponto de referência mundial para a tecnologia aditiva, com um ecossistema próspero e um rico filão de talento. Estamos entusiasmados pelo facto de fazermos parte desta iniciativa desde o início e esperamos poder construir sobre essa base sólida e promover um impacto tangível tanto para a região como para o resto do mundo”.
“Vemos esta oportunidade de colaborar como uma vitória para as empresas e para a TUM, assim como para a região”, afirmou o Dr. Christian Bruch, membro da Direção e CEO da Linde Engineering. “Esperamos que o novo centro de operações gere postos de trabalho na zona, e simultaneamente proporcione novas tecnologias e capacidades para as empresas aqui localizadas”.
Novo Instituto de Fabricação Aditiva
Como uma das primeiras iniciativas possibilitadas pelo cluster AM, a Oerlikon e a TUM estão a criar um novo instituto de investigação. O Instituto de Fabricação Aditiva irá centrar-se na investigação interdisciplinar de matérias-primas, na produção otimizada de fabricação aditiva e na integração de processos do início ao fim, incluindo a automatização e a digitalização desta tecnologia. Os engenheiros e cientistas da Oerlikon trabalharão lado a lado com os investigadores e estudantes de várias faculdades da TUM (principalmente engenharia mecânica, mas também engenharia química, o departamento de física e informática) para abordar todos os aspetos da investigação e produção da fabricação aditiva. Isto incluirá a verificação e qualificação dos produtos e o desenvolvimento de novos modelos de negócio.
“Para a industrialização dos processos de fabricação aditiva é necessária uma colaboração integrada entre poderosos parceiros da indústria e da ciência”, explica o Prof. Dr. Thomas Hofmann, presidente da TUM. “Só assim poderemos superar os obstáculos tecnológicos e encontrar respostas para os problemas não resolvidos no campo da normalização”.
Tal como o cluster, o instituto de investigação também estará aberto à cooperação entre o mundo académico e a indústria, uma vez que se tenham estabelecido as bases iniciais. O objetivo é ampliar a rede internacional e fomentar uma arquitetura de associação aberta.
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