Informação profissional para a indústria de plásticos portuguesa
O PVC é uma excelente opção graças à versatilidade das suas formulações, à facilidade de processamento, às suas excelentes propriedades isolantes, ao seu desempenho em termos de resistência ao fogo e aos agentes atmosféricos

I+D, inovação e sustentabilidade: o 'new deal' do setor de cabos de PVC

27/11/2019

A PVC4Cables organizou no passado dia 7 de novembro, em Berlim, a sua segunda conferência bienal com o tema: ‘Confiemos nos cabos de PVC! Inovação e Sustentabilidade para Sistemas Elétricos Inteligentes’. Mais de 90 representantes da indústria europeia de cabos de PVC debateram o futuro do setor, focando-se em particular na investigação e desenvolvimento (I+D), no desenvolvimento sustentável e nas últimas tendências do mercado.

Imagen

“A nível global, o PVC continua a ser o material mais utilizado, com 53% do volume dos compostos processados e um crescimento estimado de 1-1,5% nos próximos anos”, afirmou Astrid Aupetit, Senior Research Analyst da AMI Consulting, que acrescentou: “Na Europa, o PVC mantém a sua liderança entre os materiais utilizados na indústria de cabos de baixa tensão”.

O PVC é uma excelente opção graças à versatilidade das suas formulações, à facilidade de processamento, às suas excelentes propriedades isolantes, ao seu desempenho em termos de resistência ao fogo e aos agentes atmosféricos, para além da sua eficiência em termos de custos.

O professor Alessandro Marangoni, da Althesys, referiu-se assim à presença do PVC nos cabos: “Quanto maior for o teor de PVC no cabo, menores serão os custos para os proprietários dos cabos, calculados segundo a metodologia Custo Total de Propriedade”. Este índice (TCO) é a metodologia de avaliação concebida para calcular os custos de aquisição, operação e manutenção de um produto durante a sua vida útil. “Além disso, com base na análise custo-benefício da reciclagem do PVC (sem incluir a recuperação de cobre), quanto maior for a quantidade de PVC no cabo, maiores serão os ganhos líquidos da reciclagem, comparativamente à deposição em aterro e à incineração”.

Embora o PVC seja considerado por muitos um material já maduro, a investigação e as inovações nas formulações desenvolvidas nos últimos anos, deram lugar a resultados muito prometedores.

“As formulações de cabos baseadas em P-PVC (PVC plastificado) podem ser melhoradas”, assinalou o professor Enrico Boccaleri, da Universidade de Piemonte Oriental, que também referiu: “particularmente, no que respeita à estabilidade térmica e à redução da libertação de HCl, através da utilização de nanomateriais”.

Por seu lado, Gianluca Sarti, representante do Compounds for Cables Group do PVC Forum Italia, comentou: “Na Itália, desenvolvemos compostos para cabos de PVC com baixa acidez de fumo e muito bom comportamento perante o fogo”. O próprio Sarti acrescentou: “A nossa investigação demonstrou que podemos produzir compostos de PVC com uma acidez de fumo 25 vezes menor comparativamente aos compostos standard utilizados atualmente. Estão a ser realizados testes para melhorar ainda mais o desempenho”.

O professor Camillo Cardelli, investigador da iPool, salientou que “o PVC pode obter os melhores resultados de reação ao fogo, comparativamente a qualquer material termoplástico, caso se formule adequadamente com os aditivos e cargas ignífugos adequados”, proporcionando assim uma atualização sobre a resistência ao fogo com um baixo nível de fumos e acidez.

Tomando como base estas premissas, Erica Lo Buglio, da PVC4Cables e Marco Piana, diretor do PVC Forum Italia, apresentaram o novo folheto da PVC4Cables, que explica como escolher os cabos de PVC de acordo com a CPR, demonstrando a capacidade dos cabos de PVC para cumprir com as especificações individuais de utilização prevista/risco de incêndio com custos competitivos.

A conferência prosseguiu com Roland Dewitt, da ACCIPIS, e Chris Howick, Product Regulation Manager da Inovyn, que atualizaram os participantes, respetivamente, sobre a normalização pertinente para a indústria dos cabos e a situação regulamentar atual na Europa relativa às parafinas cloradas de cadeia média nos termos da REACH e da Diretiva sobre restrições à utilização de determinadas substâncias perigosas.

No que diz respeito à sustentabilidade, ao apresentar o seu novo estudo de ACV sobre consumo energético e emissões de CO2 associadas à produção, utilização e disposição final de cabos de PVC, José M. Baldasano, professor da Universidade Politécnica da Catalunha, afirmou que “o cabo elétrico que apresenta os melhores resultados, segundo os indicadores ambientais considerados, é o PVC com 25% de material reciclado na sua composição”.

A reciclagem é, naturalmente, uma das vantagens do PVC. Abordando os desafios e oportunidades da circularidade nos cabos de PVC, Ingrid Verscheuren, Diretora-geral da Recovinyl, salientou: “o excelente resultado alcançado em 2018 na reciclagem de cabos de PVC, com 151 506 toneladas recicladas e um aumento de 20,3% em relação a 2017”. Desde o ano 2000, foram reciclados mais de 1,1 milhões de toneladas de cabos de PVC no âmbito dos programas Vinyl 2010 e VinylPlus®, evitando-se assim quase 2,3 milhões de emissões de CO2.

A reciclabilidade dos cabos de PVC também foi destacada por Piero De Fazio, investigador sénior da ENEA (a Agência Nacional Italiana para as Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Económico Sustentável), ao apresentar o projeto “Upcycling PVC: desde o desfabrico, com a recuperação e a reciclagem dos cabos elétricos de PVC das centrais elétricas, até ao refabrico de produtos com baixo impacte ambiental".

Também foram partilhados alguns casos práticos sobre serviços analíticos e certificações, apresentados por Gerald Aengenheyster, diretor-geral da SKZ-Testing GmbH. Neste sentido, Stefan Eingärtner, diretor técnico da VinylPlus, apresentou a Etiqueta de Produto VinylPlus, o esquema de certificação de sustentabilidade para produtos de PVC desenvolvido pela VinylPlus com o método BRE (Building Research Establishment) e The Natural Step.

No encerramento da conferência, Zdenek Hruska, Project Manager da PVC4Cables, destacou que os resultados concretos obtidos nestes dois primeiros anos de intenso trabalho da Plataforma PVC4Cables foram possíveis “graças à colaboração entre fabricantes de resinas de PVC, fabricantes de estabilizantes e plastificantes, transformadores, especialistas da indústria, universidades e organismos de investigação, que entre todos deram um novo impulso à inovação respeitadora do ambiente no setor dos cabos de PVC”.

REVISTAS

Siga-nosEasy fairs Iberia - Porto

Media Partners

NEWSLETTERS

  • Newsletter InterPlast

    10/04/2024

  • Newsletter InterPlast

    03/04/2024

Subscrever gratuitamente a Newsletter semanal - Ver exemplo

Password

Marcar todos

Autorizo o envio de newsletters e informações de interempresas.net

Autorizo o envio de comunicações de terceiros via interempresas.net

Li e aceito as condições do Aviso legal e da Política de Proteção de Dados

Responsable: Interempresas Media, S.L.U. Finalidades: Assinatura da(s) nossa(s) newsletter(s). Gerenciamento de contas de usuários. Envio de e-mails relacionados a ele ou relacionados a interesses semelhantes ou associados.Conservação: durante o relacionamento com você, ou enquanto for necessário para realizar os propósitos especificados. Atribuição: Os dados podem ser transferidos para outras empresas do grupo por motivos de gestão interna. Derechos: Acceso, rectificación, oposición, supresión, portabilidad, limitación del tratatamiento y decisiones automatizadas: entre em contato com nosso DPO. Si considera que el tratamiento no se ajusta a la normativa vigente, puede presentar reclamación ante la AEPD. Mais informação: Política de Proteção de Dados

interplast.pt

InterPLAST - Informação profissional para a indústria de plásticos portuguesa

Estatuto Editorial