BP16 - InterPlast

36 BIOPLÁSTICOS Produção de bioplásticos deverá triplicar até 2027 Até há pouco tempo, os bioplásticos presentes no mercado estavam limitados a aplicações como os filmes agrícolas ou sacos para lixo. Graças ao elevado investimento em investigação nesta área, hoje, os biopolímeros são utilizados em aplicações exigentes como as embalagens alimentares ou peças para automóvel e espera-se que o seu uso se intensifique ainda mais nos próximos anos. Na oitava edição do Seminário Internacional sobre Biopolímeros e Compostos Sustentáveis, realizado pela Aimplas nos dias 1 e 2 de março, vinte oradores debateram os desafios e oportunidades que esta indústria enfrenta e apresentaram as suas inovações e histórias de sucesso. Atualmente, a produção mundial de bioplásticos é de 2,2milhões de toneladas, mas, como disse Constance Ißrüker da European Bioplastics durante o evento, prevê-se que esse número triplique até atingir 6,3 milhões de toneladas em 2027. As aplicações que mais se espera que cresçam são as relacionadas com a agricultura, que irão aumentar de 4% para 5% da produção total. Por seu lado, Theodora Nikolakopoulou, da Comissão Europeia, destacou a preocupação da Europa com a proteção dos solos agrícolas e explicou que a partir de julho de 2026 será obrigatório que todos os fertilizantes de ação controlada comercializados na Europa sejam biodegradáveis. Neste sentido, Elena Domínguez, investigadora em Agricultura da Aimplas e coordenadora técnica do seminário, explicou como o centro tecnológico está a aconselhar a Comissão Europeia sobre os critérios que estes tipos de aplicações devem satisfazer para garantir o seu estatuto de biodegradáveis. Jordi Simón, da Asobiocom, centrou-se nas aplicações compostáveis e salientou a importância de restringir a sua utilização às aplicações em que acrescentem vantagens relacionadas com o fim de vida dos produtos, reduzindo o seu impacto no ambiente, deste que garantam a funcionalidade dos mesmos. O segundo bloco, dedicado à normalização e certificação, foi moderado por Johana Andrade, investigadora do laboratório de Biodegradabilidade e Compostagem da Aimplas e coordenadora técnica do Seminário. Andrade salientou a importância destas iniciativas quando se trata de comunicar as vantagens dos bioplásticos para assegurar a sua correta utilização e gestão no fim de vida, de modo a que os benefícios ambientais esperados sejam obtidos. Na mesa redonda dedicada aos compostáveis, foram apresentados os resultados positivos dos testes realizados em instalações industriais, provando a sua completa biodegra-

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