BP20 - InterPLAST

16 ESTUDO DE MERCADO que “2023 fosse um ano calmo em termos de vendas de máquinas de injeção, tal como aconteceu em todo o mercado europeu, onde se registaram quebras entre os 30 e os 50%”. O mau momento do setor automóvel, ainda condicionado por uma certa indefinição em relação ao futuro, é igualmente apontado por Martin Cayre, diretor-geral da Arburg Portugal, e por Jorge Júlio, diretor geral da Inautom, como fator determinante para a diminuição da venda de máquinas de injeção em Portugal. Apesar das contrariedades referidas, todos os participantes afirmaram que 2023 foi um ano difícil, mas positivo. “Acima de tudo foi um ano de reflexão, de análise e com foco no futuro”, refere Ricardo Reis, gestor operacional na Jucatec, representante da Yizumi. Hugo Brito acredita que “com o fim do Portugal 2020 e a pouca expressão do 2030, talvez 2023 marque o início de um ‘novo normal’”, e acrescenta que, provavelmente, “vamos ter de nos adaptar a esta nova realidade, de um mercado que tem a dimensão que vimos em 2023, e não a que vimos entre 2018 e 2022”. A TECNOLOGIA COMO PROMOTORA DE COMPETITIVIDADE Perante a atual conjuntura, a tecnologia otimizadora de processos pode ajudar as empresas a tornarem-se mais competitivas. No mercado nacional, “os transformadores de plásticos estão a adaptar-se e procuram cada vez mais soluções tecnologicamente avançadas, automatizadas e robotizadas”, garante o responsável pela Inautom, que destaca as “máquinas elétricas e a integração de soluções robotizadas” das suas representadas (Tederic e JSW) como soluções para “uma produção mais precisa e automatizada”. Por seu lado, Tiago Coelho assinala que, além de avançadas, as novas tecnologias têm também de ser eficientes. “As duas coisas já não podem viver separadas”, diz, referindo que esta é uma preocupação constante da representada Fanuc. “Oferecemos aos nossos clientes a máquina com o menor consumo de energia do mercado, onde podemos obter em tempo real o impacto da pegada de carbono da produção, permitindo-nos ajustar o processo de acordo com a sua otimização. Além disso, oferecemos uma assistência significativa ao operador para manter o processo sob controlo, desde as aplicações mais simples às mais complexas”, afirma. Hugo Brito confirma que “há um interesse crescente por parte dos clientes em conhecer as novas tecnologias disponíveis no mercado, muitas delas desenvolvidas para acompanhar as mudanças na indústria automóvel” e que, de facto, estas são determinantes para o posicionamento internacional da indústria portuguesa. “Estamos cada vez mais longe dos centros de decisão europeus e, por isso, temos de nos diferenciar pelas mais valias tecnológicas”, defende o responsável pela Equipack. De entre as soluções oferecidas pela Engel, destaca os softwares de otimização de processos, como o iQ weight control, iQ flow control e iQ hold control, que “permitem produzir as mesmas peças, com menos rejeitados e menos variações no processo, ou seja, com menos custos, o que torna as empresas mais competitivas”. Na mesma linha, Martin Cayre ressalta os assistentes de software desenvolvidos pela Arburg, instaláveis nos sistemas de controlo Gestica e Selogica, que “apoiam os utilizadores de máquinas na melhoria da O evento ficou marcado por alguns momentos de boa disposição.

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