BP12 - InterPLAST

O INEGI desenvolveu uma metodologia inovadora de avaliação de desempenho de materiais, com princípios de Design-for-eXcellence. 55 SUSTENTABILIDADE Contudo, apesar de existir um número significativo de métodos e ferramentas de seleção e avaliação da performance de materiais, verifica-se uma escassez de metodologias que realizem análise de desempenho holístico (multidimensional), de forma simplificada, permitindo uma avaliação fácil e multidimensional das propriedades do material relacionadas com a sua estrutura interna e com o seu ciclo de vida1. M-DFX - METODOLOGIA INOVADORA DEDICADA AOS MATERIAIS DESENVOLVIDA PELO INEGI Consciente desta necessidade, o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) desenvolveu uma metodologia inovadora de avaliação de desempenho de materiais, com princípios de Design-for-eXcellence, que permite dar suporte avançado à decisão no desenvolvimento de materiais e na sua otimização global. Segue uma abordagemmodular e multidimensional, agregando a análise e a avaliação simultânea de diferentes domínios nos campos da eficácia e da eco-eficiência1. Esta metodologia, denominada por Material Design-for-eXcellence (M-DfX), apresenta uma abordagem original para enfrentar o desafio de avaliar o desempenho do material de forma holística e considerando todo o seu ciclo de vida. Avalia as várias dimensões das suas propriedades “X”, relacionadas com a estrutura interna numa proposição multiescala, apoiando-se na avaliação das diferentes macro fases do ciclo de vida (extração de matérias-primas, pré-processamento, processamento, fase de uso e fim de vida)1. Na produção de materiais compósitos a implementação do Material Design-for-eXcellence permite desenvolver produtos mais adequados, com melhor desempenho global, tendo em consideração uma visão integrada de todo o seu ciclo de vida1. Num futuro próximo, esta metodologia de desenvolvimento de materiais deverá abranger no seu estudo e aplicação para outros materiais, mas também para novas vertentes como o impacto social, ético, ou até o grau de aceitação pelas partes interessadas. Os interesses das várias alas da sociedade vão ser cada vez mais considerados nestes processos, particularmente se quisermos desenvolver caminhos para uma sociedade atenta e proativa, ecologicamente correta, mais saudável e segura, e para um planeta mais sustentável. Comesta evolução, áreas como a inteligência artificial, os sistemas ciberfísicos, as realidades virtual e aumentada ou o data analytics, deverão ir além das abordagens tecnológicas convencionais1. O futuro passa necessariamente pela mudança de paradigma no desenvolvimento de materiais e da sua aplicação em novos produtos - e por uma nova atitude perante o consumo - passando os produtos a estarem preparados para receber constantes atualizações tecnológicas, de modo a permitir estender consideravelmente a sua vida útil1. n

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