59 RECICLAGEM também aumentou 8% em relação a 2018, atingindo uma taxa de reciclagem de 35%. No entanto, 65% dos resíduos plásticos pós-consumo foram ainda enviados para aterro e incineração com recuperação de energia. O relatório também indica uma taxa de reciclagem europeia de embalagens de plástico de 46% (de acordo com o antigo método de cálculo da Diretiva), em comparação com 42% em 2018. Igualmente encorajadores são os números relativos ao conteúdo reciclado, que mostramque de 2018 a 2020 a quantidade de plásticos reciclados utilizados em novas embalagens cresceu 43%. Apesar dos dados de 2020 indicarem uma evoluçãopositiva, o relatório assinala que continua a ser necessário acelerar o ritmo de progresso para que os objetivos de circularidade possam ser atingidos a médio e longo prazo. De facto, o estudo observa que para atingir os objetivos da Diretiva e da CPA seria necessário duplicar a atual capacidade de reciclagem na Europa. No seu relatório, a Plastics Europe reconhece esta necessidade e apoia uma mudança sistémica mais rápida. De facto, o investimento emnovas tecnologias continua a acelerar: os fabricantes europeus de plásticos planeiam investir 7,2mil milhões até 2030 na reciclagem química para complementar a reciclagemmecânica, conduzindo a mais 3,4 milhões de toneladas de plástico reciclado na Europa até 2030. A este respeito, a associação saúda a próxima revisão da diretiva-quadro relativa aos resíduos, “uma peça essencial da legislação europeia para permitir um desenvolvimento mais rápido das capacidades necessárias”. O relatório também destaca a lacuna entre os dados de consumo de plásticos e os números de recolha de resíduos, que pode ser parcialmente explicada pela duração de vida de diferentes produtos plásticos e pelo facto de muitos ainda estarem em circulação. No documento, a Plastics Europe def ine como prioridade investigar e compreender melhor as razões subjacentes a esta diferença de dados e diferenciar as quantidades de plásticos ainda em uso das potencialmente não recolhidas noutros fluxos de resíduos. CONCLUSÕES Emconclusão, o relatório confirma que, para acelerar o progresso no sentido da circularidade, é essencial intensificar a colaboração com os parceiros da cadeia de valor e desenvolver um novo quadro político que incentive o investimento e a inovação, mantendo ao mesmo tempo a competitividade global da indústria europeia. Virginia Janssens, CEO da Plastics Europe, afirmou: “O relatório Circular Economy for Plastics ' é um estudo valioso para compreender melhor a dinâmica dos fluxos de plásticos na Europa. Acreditamos que pode servir como uma base sólida para intensificar o diálogo com todos os interessados. A nossa indústria reconhece que é necessária uma mudança sistémica mais rápida para atingir níveis mais elevados de circularidade, especialmente quando a circularidade é a alavanca mais eficaz para a redução de emissões a curto e médio prazo. Reconhecemos a importância do desafio e estamos prontos a aumentar a intensidade e eficácia do diálogo e a colaboração com os decisores políticos e parceiros da cadeia de valor do plástico para levar a circularidade do plástico para o próximo nível”. Markus Steilemann, presidente da Plastics Europe, acrescentou que “para acelerar o caminho da nossa indústria rumo à adoção plena da economia circular, precisamos de um conjunto de ferramentas. Amelhoria da reciclagem requer umimpulso na recolha e triagem de plásticos usados. Antes de se tornarem um produto, os plásticos devem sermelhor concebidos para reciclagem, enquanto a sua produção necessita de matérias-primas combaixo teor de carbono. Só assimpodemos alcançar uma mudança profunda dos sistemas com impacto positivo em todas as nossas cadeias de valor”. n Esquema exemplificativo do fluxo de reciclagem de resíduos plásticos pós-consumo na Europa. Não inclui valores individuais para os resíduos plásticos pós-industriais. Dados arredondados. Fonte: Plastics Europe. O relatório está disponível para consulta no site da Plastics Europe: www.plasticseurope.org
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