BP22 - InterPLAST

5 Vynova lança um programa de I&D em tecnologias de reciclagem de PVC A Vynova lançou um programa de investigação e desenvolvimento para alavancar a reciclagem de PVC e ajudar a cadeia de valor deste material a atingir a circularidade. Os esforços de inovação da empresa belga centram-se em tecnologias para remover metais pesados do PVC rígido pós-consumo dissolvido, proveniente de perfis de janelas ou tubos usados. O PVC é utilizado em inúmeras aplicações duradouras e pode ser repetidamente reciclado por meios mecânicos sem perder as suas principais propriedades. Nos últimos 20 anos, a cadeia de valor do vinil na Europa implementou com sucesso processos de reciclagem mecânica em grande escala, com mais de 700 mil toneladas de PVC recicladas todos os anos. No entanto, devido ao longo tempo de vida útil de aplicações como janelas ou tubos, os resíduos de PVC contêm frequentemente aditivos que foram utilizados há décadas e que a indústria europeia do vinil tem vindo a eliminar de forma proativa. Para garantir a total conformidade com as restrições atuais e futuras relacionadas com estes aditivos, são necessárias soluções inovadoras. Para atingir este objetivo, a Vynova lançou um programa de I&D que inclui esforços de investigação internos e colaborações com instituições académicas. Uma destas colaborações centra-se na remoção de metais pesados, como o chumbo e o cádmio, de produtos de PVC rígido no final da sua vida útil através de uma combinação de tecnologias de dissolução e filtração por membrana. Se os atuais esforços de investigação forem bem-sucedidos na oferta de opções de reciclagem viáveis para a indústria europeia do PVC, a Vynova avançará para a industrialização destas tecnologias até 2030. EDITORIAL Sem os plásticos, a mobilidade humana não seria o que é hoje. No setor automóvel, foi graças a estes materiais que os fabricantes conseguiram ultrapassar as crises do petróleo na década de 1970. Leves, resistentes, duráveis e facilmente moldáveis, substituíram gradualmente os metais, diminuindo o peso global dos veículos e tornando-os, consequentemente, mais económicos. Daí à total democratização deste meio de transporte foi um pequeno passo. Agora, perante a necessidade urgente de diminuir as emissões de gases com efeito de estufa, os plásticos são novamente chamados a jogo. E, desta vez, com um triplo desafio: aumentar ainda mais a leveza das peças (essencial para aumentar a eficiência dos elétricos); permitir a incorporação de quantidades crescentes de reciclado; e garantir a reciclagem das peças no fim de vida. A complexidade do tema tem motivado um intenso debate entre toda a cadeia de valor e dado origem a inúmeros projetos de I&D que começam a dar frutos. Graças ao trabalho conjunto entre os produtores de matéria-prima, os fabricantes das peças e os centros de investigação, são cada vez mais as marcas que conseguem cumprir, pelos menos, dois destes critérios. O assunto foi amplamente abordado na última edição do CEP Auto, evento organizado anualmente pelo Centro Espanhol de Plásticos, cuja reportagem pode ler na página 38 desta edição. Naturalmente, este é um tema que os fabricantes de equipamentos utilizados na transformação de plásticos acompanham com a máxima atenção, muitas vezes antecipando tendências futuras. Na Fakuma deste ano, a maioria das marcas aposta, precisamente, na apresentação de tecnologia desenvolvida para aumentar a sustentabilidade e eficiência do processo. Na página 26 encontra um pequeno resumo do que vai poder ver, de 15 a 19 de outubro, em Friedrichshafen, Alemanha. Neste número, abordamos também o tema da impressão 3D, cada vez mais utilizada nos mais variados campos de aplicação, e mostramos-lhe alguns bons exemplos de economia circular, reconhecidos pelo júri dos Prémios Europeus de Reciclagem de Plásticos 2024. Uma nota final para a entrevista a Teresa Neves, responsável por trazer o Moldex3D para Portugal e cuja empresa, Simulflow, celebra este ano duas décadas de atividade. Uma história marcada pela consistência e pelo brio profissional, para ler na página 16. Este número da InterPlast vai ser distribuído na feira Expometal, que irá decorrer de 7 a 9 de novembro na Exposalão, Batalha. Se só teve acesso à versão digital, visite-nos e leve um exemplar gratuito em papel. Até lá! Os plásticos e os novos desafios da mobilidade

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