13 Também nos plásticos técnicos, que há muito são enriquecidos com material reciclado pós-industrial (PIR), estão a ser desenvolvidas cada vez mais soluções para a integração de PCR. Muitas destas inovações serão apresentadas na K 2025. A sustentabilidade está igualmente a ganhar força no setor da borracha, com vários fabricantes a desenvolver alternativas de base biológica aos aditivos sintéticos convencionais e outros reagentes, com o objetivo de reduzir significativamente a pegada de carbono do material. Entre estas alternativas encontramos subprodutos de outras cadeias de produção, como a lenhina ou os resíduos de casca do arroz. Além disso, estão a ser desenvolvidos esforços intensos para melhorar a qualidade da reciclagem do pó de borracha derivado de pneus usados. Os elastómeros termoplásticos (TPE) estão também a estabelecer-se como uma alternativa eficiente em produtos técnicos: permitem uma redução na utilização de materiais, mantendo a funcionalidade e melhorando a reciclabilidade ao mesmo tempo. Muitos destes desenvolvimentos estarão presentes na 'Gummistrasse' no pavilhão 6 da K 2025. A reciclagem química dos plásticos está ainda numa fase inicial. Para fechar completamente o ciclo dos materiais, este tipo de reciclagem será necessário como fase final, uma vez que permite a reprodução de polímeros. Poderá também contribuir para tornar a Europa menos dependente de regiões ricas em recursos fósseis, garantindo assim a viabilidade futura das fábricas locais. Apesar dos debates internos no seio da indústria, os produtores com uma clara orientação europeia estão a promover fortemente esta via. Já existem instalações-piloto em funcionamento e as primeiras experiências reais neste domínio vão estar patentes na K 2025. No entanto, o desenvolvimento da reciclagem química é um compromisso a médio e longo prazo. Requer instalações químicas complexas com longos períodos de planeamento e construção. Por este motivo, será necessário continuar a somar esforços, tanto do setor industrial como do setor público, para tornar esta opção viável e rentável. Se a sociedade está empenhada numa economia circular - e há boas razões para isso - deve também estar preparada para apoiar financeiramente projetos de longo prazo. A K 2025 será o palco de importantes debates sobre a reciclagem química, mais do que de demonstrações tangíveis ou produtos finais. O mesmo se aplica a matérias-primas alternativas e a novos processos de produção de hidrocarbonetos poliméricos. Conceitos como a captura e utilização de carbono ou o fabrico de polímeros a partir de fontes renováveis abrem perspetivas interessantes para o futuro. Estes desenvolvimentos dependem tanto da investigação como da disponibilidade de fontes de energia primária alternativas aos recursos fósseis. A questão não é apenas a forma como essa energia é gerada. Poderá haver também alterações profundas na gestão dos processos nas instalações industriais. Um exemplo é a aplicação direta da energia solar em processos de síntese química utilizando a tecnologia de helióstatos, que está a ser investigada no centro de investigação de Jülich. Embora estes temas raramente sejam objeto de destaque na feira, são frequentemente discutidos de forma mais discreta entre os especialistas. No entanto, são estes intercâmbios que muitas vezes impulsionam os principais desenvolvimentos no setor, mesmo que nem sempre sejam imediatamente mensuráveis.
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