4 Federica Gallicchio, nova diretora-geral da EuPC A European Plastics Converters (EuPC) nomeou Federica Gallicchio como nova diretora-geral da organização. Gallicchio juntou-se à EuPC em 2019, primeiro na Divisão de Embalagens, antes de assumir um papel de liderança na Divisão Automóvel. Ao longo destes anos tem estado ativamente envolvida em vários projetos financiados pela UE ligados à inovação na cadeia de valor dos plásticos, em colaboração com centros europeus de investigação e desenvolvimento especializados em plásticos e compósitos. Com experiência anterior no Parlamento Europeu, onde trabalhou como deputada na Comissão do Ambiente (ENVI), Gallicchio tem um sólido conhecimento do funcionamento das instituições europeias e do ambiente regulamentar, bem como do setor industrial. Esta combinação de perfis coloca-a em posição de liderar a EuPC num contexto de transformação regulamentar e tecnológica. O presidente da EuPC, Benoît Hennaut, sublinhou que o seu historial na organização e o seu conhecimento do setor e do quadro legislativo europeu fazem de Federica Gallicchio a figura ideal para liderar esta nova fase. Como diretora- -geral as suas prioridades serão reforçar o papel da EuPC como interlocutora do setor junto das instituições europeias, fazer avançar os objetivos de sustentabilidade da associação e reforçar a sua capacidade de influência política. EDITORIAL Durante décadas, a indústria de plásticos estabeleceu-se como uma das mais pujantes em todo o mundo. E com razão. Desenvolveu produtos para todos os setores de atividade, fabricou peças com características únicas, leves e resistentes, contribuiu para aumentar a segurança e a saúde das populações. Tudo graças a uma conjugação de fatores, como a disponibilidade de matérias-primas, de equipamentos e de uma mão de obra que, ao longo dos anos, se especializou nos vários processos envolvidos. Esta é, precisamente, uma das principais preocupações atuais do setor: substituir esses trabalhadores à medida que atingem a idade da reforma, numa altura em que a indústria deixou de ser atrativa para as novas gerações. E como um problema nunca vem só, as empresas precisam ainda de encontrar soluções para enfrentar o aumento dos custos energéticos, cumprir as cada vez mais apertadas normas ambientais e aumentar a competitividade num mercado desigual. Num esforço coletivo inédito, a grande maioria dos fabricantes de equipamentos e dos produtores de matérias- -primas procuram encontrar soluções para responder a estes desafios. Vai poder encontrar muitas destas inovações na K 2025, em Düsseldorf. Neste número, e em jeito de antevisão da feira, revelamos-lhe algumas delas. E pode apostar que a maioria já conta com a ajuda da inteligência artificial. Uma tecnologia que, quer se goste quer não, veio para ficar e, na nossa indústria, promete ajudar a colmatar a falta de mão de obra qualificada. Não só porque, quando instalada numa máquina, facilita (e muito) o trabalho dos operadores, mas também porque torna o setor mais apelativo para as novas gerações. No campo da sustentabilidade, começam a surgir os primeiros projetos que usam a IA para aumentar a circularidade do plástico. É o caso da Nestlé que estabeleceu um acordo com a IBM para desenvolver uma ferramenta de IA generativa capaz de identificar novos materiais de embalagem de alta barreira. E estamos apenas no início. Pode esta tecnologia ser a solução que faltava para a verdadeira economia circular? Acreditamos que sim. Este tema será, seguramente, objeto de debate no próximo Plastics Summit Global Event, que acontece já no dia 6 de outubro, na FIL. Tal como serão muitos outros, essenciais para invertermos o sentido, rumo à sustentabilidade responsável. Vemo-nos por lá? IA: a nova aliada da indústria de plásticos
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