BP8 - InterPlast

MATERIAIS 62 priedades mecânicas 2, 5, 6 . No entanto, as fibras naturais podem ter composi- ções distintas de lote para lote, sendo esta a principal desvantagem deste material de reforço. Outros potenciais inconvenientes pas- sam pela elevada absorção de água, baixa impregnabilidade e eventual incompatibilidade com a matriz. De facto, é prática comum as fibras sofre- rem um tratamento prévio para a sua compatibilização com a matriz do compósito, mas naturalmente estes materiais e processos estão estabele- cidos para as matrizes comummente usadas tais como epóxido, poliéster, vinil éster, entre outras. Estes fatores normalmente limitam a produção em larga escala de compósitos com fibras naturais 1, 2 . Relativamente às matrizes de origem biológica, estas também podem ser de origem vegetal ou animal. As mais comumente usadas nos compósitos são o poli (ácido láctico) (PLA), polihidroxi- butirato (PHB), polissacarídeos, celulose, alginato, quitina e hialuronato 2, 3, 4 . Contudo, devido à sua natureza de decomposição, a utilização em superfícies de acabamento é bas- tante problemática, especialmente em aplicações com uma longa vida útil e que não possuam tratamen- tos ou revestimento adicionais. Outra desvantagem destas matrizes é o seu elevado custo (por exemplo, o polí- mero de origem biológica PLA é 1,5 vezes mais caro do que uma resina sintética de polipropileno), o que as torna pouco acessíveis para a indústria, mesmo para produções em grande escala. Entre outras desvantagens destas resinas conta-se a sua fragili- dade, comportamento térmico, elevada permeabilidade, baixa viscosidade de fusão para posterior processamento, entre outras 2, 3, 4 . NOVAS OPORTUNIDADES E AVANÇOS CIENTÍFICOS TORNAM USO DE FIBRAS NATURAIS UMA REALIDADE Mas nem tudo é prejuízo. A natureza concedeu-nos uma abun- dância de recursos sustentáveis e renováveis. As fibras e as resinas naturais são uma opção atrativa para as indústrias atenderem aos desafios socioeconómicos e ambien- tais, ainda que, para já, apenas em peças de pouca solicitação mecânica. Atualmente, a utilização destes com- pósitos já é realidade, especialmente para elementos não estruturais, em diversos sectores, nomeadamente nos transportes, saúde, desporto, cons- trução e design 1, 2, 6 . Neste âmbito, salienta-se o trabalho do INEGI nos projetos NEXMENT e NOPROMAT, onde o desafio consis- tiu em criar soluções eco-eficientes

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