BP13 - Interplast

18 ESTUDO DE MERCADO 2021: O ANO DA RECUPERAÇÃO, CONDICIONADA PELO SETOR AUTOMÓVEL A maioria dos participantes no estudo de mercado relatou aumentos de vendas durante 2021, em relação a 2020. Tiago Coelho, gerente da Augusto Guimarães & Irmão, lembra que “2021 foi um ano de muito trabalho árduo e intenso para garantir o fornecimento dos nossos clientes. A falta de componentes eletrónicos teve um impacto muito importante em vários setores, em particular na indústria automóvel e na de equipamentos elétricos e eletrónicos. Isso limitou muitos OEMs na sua capacidade de produção, o que acabou por afetar os fornecedores de componentes, como os do setor dos plásticos, que se encontravam numa situação pouco comum com bons pipelines de pedidos, mas continuamente parados ou atrasados. Neste contexto, os clientes mais direcionados para estes setores tiveram dificuldades e os novos projetos ficaramem stand-by”. No entanto, “2021 foi também o ano da vacinação generalizada em todo o mundo, num esforço coletivo assinalável. O material plástico e a indústria voltaram a ter papel fundamental em todo esse esforço, permitindo a própria vacinação por meio de seringas adaptadas para otimizar cada gota de vacina, bem como na proteção dos vacinados e de todos aqueles que estão na linha de frente deste processo”, refere o responsável pela AGI, acrescentando que “a atividade no nosso grupo foi forte neste período. Estamos felizes por ter participado ao lado de alguns dos nossos clientes em alguma parte desses esforços”. TambémMartin Cayre, diretor geral de Arburg Portugal e Espanha, refere que a empresa viveu em2021 “uma atividade frenética, especialmente durante o primeiro trimestre, comumelevado nível de consultas de pedidos”, ainda que o setor tenha sido bastante afetado pelos aumentos de preços em todos os tipos de matérias-primas e componentes. Lembra ainda “a redução significativa no volumedeproduçãodo setor automóvel [principalmentedevido ao fornecimento insuficiente de semicondutores]”, fator que, alerta, “deverámanter-sepelomenos até ao final de 2022”. Rui Fonseca, gerente da Tecnofrias, afirma que “apesar dos efeitos nefastos da pandemia, da consequente instabilidade domercado, da crise económica decorrente e dos problemas de abastecimento de componentes, fortemente sentido no setor, a Tecnofrias conseguiu aproveitar as oportunidades de negócios geradas pela pandemia e manteve, no ano 2021, a tendência de crescimento que vinha a ter nos anos anteriores, procurando satisfazer as necessidades dos clientes”. Por seu lado, Manuel Folhadela, sócio- -gerente da Folhadela Rebelo, recorda que “depois de um 2020 difícil, 2021 continuou a ser umano instável, não só por causa da pandemia, mas também pelas dificuldades no setor automóvel. Ainda assim, foi um ano melhor que o anterior. Vendemos mais, ainda que com margens menores”. Na mesma linha, Hugo Brito, diretor geral da Equipack, revela que a sua empresa registou, em 2021, “uma pequena recuperação face a 2020”. Também para este responsável, “neste momento, o principal problema da indústria de plásticos já não é a pandemia, mas sim o setor automóvel. Existem vários projetos em curso, mas a falta de chips e de semicondutores está a atrasar as encomendas. Espera-se que, em 2023, o problema Durante o evento, houve espaço para a troca de ideias entre os participantes.

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