BP17 - InterPLAST

www.interplast.pt 2023/2 17 Preço:11 € | Periodicidade: Trimestral | Abril, Maio, Junho 2023 - Nº 17 | www.interplast.pt

INTEREMPRESAS MEDIA - ESPANHA Tel. +34 936 802 027 comercial@interempresas.net www.interempresas.net/info INDUGLOBAL - PORTUGAL Tel. +351 217 615 724 geral@interempresas.net www.induglobal.pt ACEDA AO MERCADO LUSO-ESPANHOL DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS O GRUPO EDITORIAL IBÉRICO DE ÂMBITO INTERNACIONAL ESPANHOL: Espanha, México, EUA, Argentina, Colômbia, Chile, Venezuela, Perú, ... PORTUGUÊS: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, ...

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4 Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Barbosa du Bocage, 87 4º Piso, Gabinete nº 4 1050 - 030 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 217 615 724 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, Esther Güell, Nerea Gorriti redacao_interplast@interempresas.net www.interplast.pt Preço de cada exemplar 11€ (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127297 Déposito Legal 455414/19 Distribuição total +2.000 envios. Distribuição digital a +1.300 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel. Edição Nº 17 – Abril, Maio, Junho 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.interplast.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (España) www.graficasandalusi.com Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da InterPLAST adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. SUMÁRIO ATUALIDADE 5 EDITORIAL 5 OBRIGADA, PLÁSTICOS 12 Entrevista com Amélia Estevão, diretora de Marketing da Exponor 16 Folhadela Rebelo participa na EMAF com duas novas representadas 20 Neutroplast investe na digitalização da produção 24 As estratégias de dados são essenciais para o futuro da indústria transformadora 26 Cibersegurança na indústria transformadora: prevenir é melhor que remediar 29 Procura mundial de PVC deverá atingir 57,7 milhões de toneladas em 2031 32 Tubos plásticos: aliados para se conseguir habitações mais eficientes e sustentáveis 34 O mercado dos estabilizantes continua a crescer e a enfrentar o desafio ambiental 36 Policarbonato: versatilidade na construção 38 Entrevista com Mariana Reina, do Departamento de Inteligência Competitiva e Estratégica da Aimplas 40 CeNTI lidera projeto internacional que tem mais de 16 milhões de euros para acelerar a bioeconomia europeia 42 Projeto EoLO-HUBs estuda tecnologias inovadoras para reciclar pás eólicas 44 PIEP desenvolve projeto transformador Polarise 46 Quem compra um molde de injeção pesado, com problemas de arrefecimento? 48 Streamrunner da Hasco eleito Produto do Ano 2023 50 Máquinas de injeção de plásticos ganham um add-on determinante 52 Soldadura por ultrassons Infinity: Liderando o caminho num mundo pós-pneumático 54 InnovMetric lança ecossistema digital de metrologia 3D PolyWorks 2023 para fabricantes industriais 56 Ecodesign: conceito e relevância no Horizonte Europa 60 Linhas de reciclagem Gamma Meccanica: confira o que uma nova tecnologia disponibiliza ao mercado 62 Primeiros implantes de coluna vertebral impressos em 3D com biomaterial da Evonik 65

5 Atualidade Plast regressa a Milão cinco anos depois A indústria do plástico e da borracha tem encontro marcado na Fiera Milano Rho, de 5 a 8 de setembro. Cinco anos depois da última edição, a feira italiana Plast, dedicada às tecnologias, materiais e soluções para o setor, regressa com expectativas redobradas e conta já commais de 800 expositores inscritos. Dezenas de expositores que participam pela primeira vez ou que regressamdepois de terem faltado a algumas edições são uma prova clara da atratividade do evento e do sucesso dos organizadores em manter o foco no mesmo. Outros sinais importantes são o regresso confirmado dos pavilhões chinês e iraniano e a estreia da coletividade francesa. As inscrições continuam abertas e o objetivo da organização é atrair ainda mais expositores e visitantes internacionais. Neste sentido, a Promaplast srl assinou um acordo sinérgico com a Ipack-Ima de forma a promover a Plast junto dos operadores do setor da embalagem, estreitamente ligado à indústria de plásticos, representando cerca de 40% da procura de polímeros. A Plast 2023 é composta por seis pavilhões: Os pavilhões 9 e 11 serão ocupados por fornecedores de matérias-primas; os pavilhões 13 e 15 serão dedicados à extrusão; e os pavilhões 22 e 24 centrar-se-ão na injeção, sopro e periféricos. EDITORIAL A digitalização da indústria, ou melhor, a adoção de ferramentas digitais que permitem aos decisores obter informação concreta sobre qualquer processo a decorrer numa unidade de produção industrial, é, tudo indica, um caminho de sentido único. À medida que vão implementando ferramentas que permitem a interligação dos equipamentos através de redes de internet (IoT), a partilha de dados na nuvem ou a implementação de ‘gémeos digitais’, as empresas passam a ter acesso a uma grande quantidade de dados, até aí desconhecidos. Isto significa que as decisões podem, então, ser tomadas com base em factos e não em suposições ou em demorados testes tentativa-erro. Além de agilizarem processos, as ferramentas digitais permitem evitar falhas na produção e poupar recursos cada vez mais valiosos, como a energia, as matérias-primas e o tempo de trabalho dos operadores. A braços com o aumento dos preços de todos estes fatores, a indústria de plásticos nacional só tem a ganhar com a implementação de uma estratégia digital. Nesta edição, contamos-lhe os primeiros passos dados pela Neutroplast nesse sentido. Mas, ao envolver uma grande quantidade de dispositivos com ligação à internet, a digitalização aumenta o perigo de ataques cibernéticos e, por isso, exige medidas adicionais de cibersegurança. No artigo da página 29 explicamos-lhe que precauções devem ser tomadas e quais os passos a dar em caso de ataque. A transformação digital da indústria é, aliás, o tema central da próxima EMAF, que terá lugar de 31 de maio a 3 de junho, na Exponor. A InterPlast vai lá estar para lhe reportar as principais novidades neste campo, em particular as que mais se adequem à indústria de plásticos. Mas antes, neste número, dedicamos algumas páginas à utilização de materiais plásticos numa área em crescimento: a construção. As medidas anunciadas pelo Governo de apoio à construção de novas habitações e os incentivos do Fundo Ambiental ao isolamento térmico dos edifícios deverão fazer aumentar a procura de produtos de todos os materiais utilizados nestas áreas, incluindo os plásticos. No caderno dedicado ao tema, analisamos as principais aplicações neste segmento. Fique a conhecer, também, alguns dos principais projetos de I&I&D em curso, relacionados com os materiais poliméricos, em que os centros de investigação e inovação nacionais estão envolvidos. Uma nota final para o lançamento no mercado nacional de novos equipamentos na área dos periféricos, da inspeção de peças, da soldadura de peças e da reciclagem de plásticos, de que também lhe damos conta nesta edição. Boa leitura! Digitalização: um caminho de sentido único

6 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERPLAST.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Multinacionais químicas acordam criação de um centro de I&D para processamento de resíduos plásticos A BASF, a Covestro, a Dow, a Mitsubishi Chemical, a SABIC, a Solvay e a Lyondell Basell, empresas membros da iniciativa ‘Low-Carbon Emitting Technologies’ (LCET) do Fórum Económico Mundial, assinaram um acordo de colaboração com a organização de investigação independente TNO (Países Baixos) para estabelecer um centro de I&D para o processamento de resíduos plásticos. O LCET R&D Hub centrar-se-á no desenvolvimento de novas tecnologias para o processamento de resíduos com uma menor pegada de CO2 e maiores níveis de reciclagem de resíduos plásticos. Enquanto iniciativa orientada para o setor privado, os projetos do novo centro de I&D têm como principal objetivo progredir significativamente no processamento mais sustentável de resíduos plásticos e ajudar a abordar tópicos específicos da indústria relacionados com o desenvolvimento de rotas de reciclagem mecânica e química. O primeiro conjunto de projetos deverá ser lançado no segundo semestre de 2023. A TNO liderará o desenvolvimento da tecnologia. "É uma honra para nós sermos seleccionados como anfitriões e orquestradores desta grande iniciativa. A TNO está confiante em continuar a desenvolver a sua experiência no domínio da modelação circular, do conhecimento das embalagens e dos materiais e em fornecer à indústria soluções adequadas à sua utilização", afirmou Henk-Jan Vink, diretor-geral da TNO. IMCD distribui gama ‘medical care’ da Evonik A IMCD, um dos principais distribuidores mundiais de especialidades químicas, celebrou um acordo com a Evonik para distribuir na Europa a sua gama de polímeros para o mercado dos dispositivos médicos. O acordo entrou em vigor no dia 1 de maio e abrange o Reino Unido e a Suíça. Como distribuidor com forte presença em aplicações médicas e de saúde, a IMCD conta com uma equipa dedicada às aplicações médicas, o que posiciona favoravelmente a empresa enquanto parceiro da Evonik. A expansão do portefólio de polímeros médicos da IMCD com a série ‘medical care’ da Evonik criará sinergias que oferecerão novas oportunidades para os clientes da indústria médica em várias aplicações, como tubos médicos, peças de equipamentos de diálise, instrumentos cirúrgicos e inaladores. Da esquerda para a direita: Christoph Dittrich (Sabic), Frank Kuijpers (Sabic), Jan Harm Urbanus (TNO), Ryo Hiraide (Mitsubishi), Tommy Detemmerman (DOW), Christian Haessler (Covestro) Em baixo: Valeriy Kapelyushko (Solvay), Bernhard von Vacano (BASF), Patrik Schneider (LyondellBasell); Jaap den Doelder (Dow), Stefan Schnippering (Mitsubishi Chemicals), Pieter Imhof (TNO).

7 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERPLAST.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Repsol inicia obras de expansão do Complexo Industrial de Sines O projeto de expansão do Complexo Industrial de Sines, cujo investimento será de 657 milhões de euros, contempla a construção de duas novas fábricas de polietileno linear e de polipropileno, da Repsol, com capacidade de produção de 600 mil toneladas por ano. Em linha com a sua estratégia de descarbonização e de transição energética, a Repsol tem em curso programas complementares, de eletrificação, instalação de parques de painéis fotovoltaicos, e novas interligações elétricas, e logísticas. A expansão do Complexo, que corresponde ao maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos 10 anos e é considerado de potencial interesse nacional (PIN), vai mobilizar, na sua fase de construção, uma média de 550 trabalhadores, superando os mil trabalhadores em momentos de pico. Uma vez operacional, o aumento líquido de empregados será de, aproximadamente, 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos. De acordo com a empresa, destes Complexo sairão novos produtos, 100% recicláveis, para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar. Engel anuncia maior faturação da sua história A Engel alcançou, no ano fiscal de 2022/23, um volume de negócios de 1,7 mil milhões de euros, o maior de sempre da história do grupo. Com este resultado, a empresa austríaca ultrapassa em 13% os 1,5 mil milhões de euros registados no ano passado. "Ao fechar o ano fiscal com 1,7 mil milhões de euros, atingimos o maior volume de negócios da história da empresa", afirma Stefan Engleder, CEO do Grupo Engel, representado em Portugal pela Equipack. Para este volume contribuíram especialmente os segmentos de negócio da indústria automóvel, médica, embalagem, e de peças técnicas. Na América do Norte e na Europa, por exemplo, foram feitos investimentos importantes para satisfazer a elevada procura de produtos utilizados na terapia da Diabetes. Em contraste, a tendência para conceitos de embalagem sustentável afetou principalmente a Europa. Por outro lado, o investimento em aplicações logísticas manteve-se num nível elevado. Mas, de acordo com a Engel, a indústria automóvel foi o “principal motor do sucesso ao longo do último ano fiscal”. Este setor provou ter um impacto significativo no crescimento económico da empresa, especialmente na Ásia e na América do Norte e do Sul. “A Engel está bem preparada para o ano fiscal que se avizinha. Como já demonstrámos no passado, podemos ajustar-nos rapidamente às mudanças no ambiente empresarial e absorver o seu impacto. Estamos confiantes de que, seguindo consistentemente o nosso objetivo estratégico de impulsionar inovações e ser um líder da indústria, nos preparámos para o sucesso no próximo ano", assegura Stefan Engleder. Stefan Engleder, CEO do Grupo Engel.

8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERPLAST.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Indorama Ventures e Evertis promovem circularidade das embalagens PET para alimentos A Indorama e a Evertis estabeleceram uma parceria que visa utilizar os flakes das bandejas PET recicladas na produção de filme PET, para aplicação em bandejas para alimentos frescos. Além de evitar que as bandejas PET sejam enviadas para aterro ou incineração, a iniciativa tem como objetivo criar uma verdadeira economia circular para este produto. Após seis anos de pesquisa e desenvolvimento, a Indorama Ventures Public Company Limited (IVL), focou-se na produção comercial de PET reciclado (rPET) de “bandejas pós-consumo”, na sua instalação em Verdun, França, obtendo flakes de alta qualidade equiparáveis aos flakes provenientes das garrafas. Isto promove a economia de ciclo fechado para bandejas PET, oferece aos consumidores opções sustentáveis e ajuda os produtores de embalagens a atingirem as suas metas de conteúdo reciclado. Também protege e preserva os alimentos, reduzindo cerca de 154 milhões de toneladas de desperdício alimentar, que custam, por ano, 143 mil milhões de euros por toda a UE. Marta Matos Gil, diretora de Sustentabilidade da Evertis afirmou que “as embalagens PET são fundamentais para fornecer barreira, segurança e comodidade ao utilizador final, garantindo a vida útil e reduzindo o desperdício. A criação de soluções circulares para estes produtos essenciais tem sido uma meta da indústria há algum tempo. Os métodos inovadores da Indorama Ventures em relação à reciclagem mostram como podemos criar uma economia verdadeiramente circular, desenvolvendo infraestruturas e a capacidade de recolher, classificar e reciclar bandejas PET e transformá-las novamente em matéria-prima valiosa.” De acordo com a Indorama, a nova tecnologia de reciclagem pode permitir que anualmente mais de 50 milhões de bandejas PET pós-consumo sejam redirecionadas do aterro ou incineração. Regloplas AG e Orca Temperature Control Systems anunciam aliança estratégica O fabricante suíço de unidades de controlo de temperatura, Regloplas, e a empresa alemã especialista em sistemas de distribuição modernos e semmanutenção, Team Orca, estabeleceram um acordo de cooperação comercial. As duas empresas irão trabalhar em estreita colaboração nas áreas dos equipamentos de controlo de temperatura e soluções de distribuição, trazendo um valor acrescentado significativo aos seus clientes. Esta cooperação combina a forte experiência da Regloplas em equipamento de controlo de temperatura sofisticado, de elevado desempenho e energeticamente eficiente com os sistemas de distribuição avançados e as soluções de duplo sensor ultrassónico da Orca.

9 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERPLAST.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Primeiros avisos do Portugal 2030 contemplam 400 M€ para projetos inovadores das PME Foram lançados no dia 3 de maio os primeiros dois Avisos dos Sistemas de Incentivos do Portugal 2030 para apoio à inovação produtiva de micro, pequenas e médias empresas (PME). Candidaturas decorrem até 15 de dezembro. No total, são 400 M€ de apoios do FEDER para projetos que contribuam para a melhoria das capacidades produtivas das PME e para o desenvolvimento de soluções inovadoras, digitais e sustentáveis, sobretudo baseadas nos resultados de I&D e no aumento do emprego qualificado. Os investimentos passíveis de apoio devem envolver a produção de novos bens e serviços ou melhorias significativas da produção atual, através da transferência e aplicação de conhecimento. Podem, alternativa ou complementarmente, visar também a adoção de novos, ou significativamente melhorados, processos ou métodos de fabrico, de logística e distribuição, organizacionais ou de marketing. As candidaturas devem apresentar um investimento elegível entre 250 mil euros e 25 milhões de euros e estar inseridas num dos quatro tipos de ações: a criação de um novo estabelecimento, o aumento da capacidade de um estabelecimento já existente, a diversificação da produção de um estabelecimento para produtos não produzidos anteriormente ou a alteração fundamental do processo global de produção de um estabelecimento existente. Os Programas financiadores são o Compete 2030, no caso de candidaturas com investimento elegível superior a 3 milhões euros ou de candidaturas com investimentos emmais do que uma região, desde que localizados nas regiões do Norte, Centro e Alentejo, e os Programas Regionais do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve nos restantes casos. As PME interessadas podemconsultar os Avisos no Portal do Portugal 2030 e nos sites dos seis Programas financiadores, e submeter as suas candidaturas no Balcão dos Fundos, através do formulário disponível emhttps://balcaofundoseu.pt. Fonte: AD&C Quer aumentar as suas margens na reciclagem de plástico? Com o AUTOSORT® – o sistema de classificação multifuncional mais poderoso do mundo, poderá obter mais níveis de rendimento e uma pureza excepcional numa variedade de polímeros e cores. Compacto e flexível em design, complementa as plantas novas e existentes. Plástico de alto valor. Não importa a sua origem. Veja como funciona

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERPLAST.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Ineos e Arburg combinam injeção e polímeros estirénicos na Fakuma 2023 A Ineos Styrolution, especialista em estirénicos, e a Arburg, um dos principais fabricantes mundiais de maquinaria para plásticos, estabeleceram uma parceria para demonstrar processos de injeção inovadores com um vasto portefólio de polímeros estirénicos sustentáveis. As primeiras demonstrações tiveram lugar durante a celebração do aniversário da Arburg, que decorreu em Lossburg, de 8 a 11 de março, e voltarão a acontecer na Fakuma 2023 (Friedrichshafen, 17 a 21 de outubro). No primeiro evento, duas máquinas híbridas Allrounder 470 H, de desempenho ‘Comfort’ e ‘Premium’, produziram peças com o material ECO da Ineos Styrolution. De acordo com a Arburg, em comparação com uma máquina hidráulica, a nova Allrounder 470 H pode poupar até 12 mil kg de CO2 por ano. A máquina híbrida incorpora diversas inovações técnicas como o novo conceito de gestão de óleo, que reduz a sua necessidade em 35%. A divisão do fluxo permite movimentos simultâneos dos eixos auxiliares hidráulicos e o sistema Servo-Hidráulico Arburg (ASH) proporciona uma utilização particularmente eficiente da energia e baixas emissões. Por seu lado, a linha de produtos sustentáveis Terluran ECO inclui alternativas ao ABS convencional que podem ser tanto mecanicamente recicladas como de base bio. Os graus mecanicamente reciclados contêm até 70 por cento de conteúdo RPC. Os graus bio-atribuídos (certificados pelo ISCC) vão até uma solução totalmente bio (Terluran ECO B100) com conteúdo bio-atribuído de todos os três monómeros (monómero de estireno, butadieno e acrilonitrilo), resultando numa pegada de carbono negativa do produto para a versão B100. Christian Homp, TeamManager Applications da Arburg, afirma: "A combinação das nossas máquinas de injeção com o material ECO da Ineos Styrolution deve ser um argumento convincente para todos os clientes que pretendem melhorar a sua pegada de CO2”. KraussMaffei entrega a primeira máquina fabricada nas novas instalações, em Parsdorf A nova fábrica e sede do Grupo KraussMaffei em Parsdorf, a leste de Munique, já está em pleno funcionamento. A primeira máquina de injeção construída neste local, uma GX 4513000, foi entregue a um cliente em Edimburgo (Indiana, EUA). Com 250 mil metros quadrados (equivalente a cerca de 35 campos de futebol), a nova unidade produtiva da KraussMaffei é, de longe, a maior da multinacional alemã, representada em Portugal pela Folhadela Rebelo. A esta acrescem as fábricas de Jiaxing (China), inaugurada em 2020, de Einbeck e de Laatzen, perto de Hanôver. Em Parsdorf são fabricadas máquinas de injeção e máquinas para processos de reação e fabrico aditivo (impressão 3D). Além disso, Parsdorf alberga também a sede do Grupo, um Centro de Experiência do Cliente, o maior armazém de peças sobressalentes do Grupo, tecnologia de produção de última geração e uma nova oficina de pintura. O departamento de robótica mantém-se em Schwaig até ao próximo ano. C M Y CM MY CY CMY K

107 anos a acreditar que a liderança se faz de muito trabalho, dedicação e proximidade Na AGI, procuramos, desde 1915, a excelência no que fazemos. Somos pioneiros na indústria da transformação dos plásticos e atuamos em diferentes áreas de negócio: polímeros e equipamentos, impressão 3D e materiais de construção. Para que as relações com os nossos clientes se construam todos os dias na proximidade e comprometimento que se mantém no tempo. Saiba mais em www.agi.pt LEAD TO TRANSFORM

12 Os plásticos são o material do século XXI, mas também o material do futuro. Diminuem o peso dos produtos, preservam, protegem e facilitam o seu fabrico. São um aliado da sociedade e continuam a reinventar-se. Nesta secção pode ver novas e curiosas aplicações que só são possíveis graças ao plástico. OBRIGADA, PLÁSTICO Sustentabilidade também no mercado da higiene oral A Kraiburg TPE, fabricante que oferece soluções de TPE personalizadas para uma vasta gama de aplicações de produtos de consumo, lançou recentemente o seu TPE sustentável Thermolast R para o mercado Ásia-Pacífico. A série TPE contém até 35% de material reciclado pós-consumo (PCR), dependendo da dureza. Os novos TPE sustentáveis chegaram ao mercado de consumo e estão agora a ser utilizados pelo principal fabricante de escovas de dentes da Tailândia, The First Thai Brush Co. Ltd, na sua nova escova de dentes Victory. O novo compósito fornece as propriedades necessárias para criar escovas de dentes de vanguarda em termos de estética, segurança, conformidade, durabilidade, versatilidade e sustentabilidade. Além disso, as soluções fabricadas com este material cumprem as normas regulamentares relativas ao contacto com alimentos (FDA) CFR21, REACH SVHC e RoHS. A escova de dentes Victory da First Thai Brush tem cerdas macias, finas e cónicas para uma penetração profunda na linha entre os dentes e as gengivas. A cabeça larga da escova, a tecnologia japonesa e os cabos mais compridos permitem ao utilizador penetrar mais profundamente na boca para uma limpeza mais profunda. A aplicação de TPE no cabo da escova proporciona um toque suave e uma aderência antiderrapante, permitindo uma escovagem com uma fixação firme. A série de compósitos, disponível em cores translúcidas e naturais, inclui uma variedade de opções de cores, incluindo efeitos cromáticos, para flexibilidade de design. Escova de dentes Victory da First Thai Brush Co.

13 OBRIGADA, PLÁSTICO Ultem da Sabic proporciona conforto e leveza aos óculos de realidade aumentada da LLVision A compensação da perda auditiva e a tradução da língua falada podem agora ser fornecidas utilizando uma tecnologia improvável, mas elegante: óculos de realidade aumentada (AR) da LLVision que proporcionam aos utilizadores traduções de voz em texto, em tempo real. estabilidade dimensional do que a PA para uma montagem eficiente, e proporciona rigidez e resistência combinadas que permitem que as hastes se fixem firmemente à cabeça do utilizador. A retardância à chama da resina Ultem aumenta a segurança dos dispositivos que incorporam componentes eletrónicos, e a formulação não halogenada evita o uso de cloro e bromo, que estão associados a efeitos adversos para a saúde e o ambiente. Os óculos Leion Hey apresentam hastes produzidas com a resina Ultem 1000 da Sabic, que oferece características de leveza e resistência, alémde conter um retardante de chama não halogenado. Estematerial permite a moldação de paredes finas das hastes ocas, que contêm tanto uma bateria de iões de lítio, como um chip de computador para traduções rápidas e multilingues. Graças a ele, a LLVision a conseguiuminimizar o peso das hastes para oferecer aos utilizadores o máximo conforto ao longo de todo o dia e, simultaneamente, a máxima funcionalidade, graças à integração de componentes chave. Durante o processo de seleção da LLVision, a resina Ultem ultrapassou os materiais em uso para as hastes dos óculos, tais como a resina amorfa de poliamida (PA). Omaterial de polieterimida (PEI) da Sabic proporciona um equilíbrio de ductilidade e rigidez que permite à moldação de paredes finas cortar o peso até 30 por cento vs. PA e proporcionar mais espaço para componentes embutidos. Esta resina especial também oferece uma melhor 16382_anuncio_interplast_210x68.pdf 1 28/01/22 10:25

14 OBRIGADA, PLÁSTICO Novos bioplásticos aptos para máquina de lavar loiça A FKuR apresentou na Interpack 2023 (Düsseldorf, 4 a 10 de maio) dois novos graus de bioplásticos adequados ao fabrico de utilidades domésticas resistentes às altas temperaturas das máquinas de lavar loiça. A gama Terralene rPP, constituída por compostos híbridos à base de polipropileno (PP), combina as vantagens ecológicas das matérias-primas recicladas e de base biológica com 100% de reciclabilidade. Dependendo da qualidade do produto, o conteúdo reciclado (RPC) varia de 30% a 60%. A percentagem de materiais de base biológica é de 33%. Graças à boa fluidez e cor natural dos grânulos, a gama de produtos de rPP Terralene pode ser utilizada numa grande variedade de aplicações. Durante a Interpack, a FKuR lançou os graus Terralene HD 4527 e Bio-Flex S 5514, que satisfazem elevados requisitos de temperatura ou resistência química e podem ser utilizados para artigos de plástico multiusos seguros para a máquina de lavar loiça. “A Terra não pode produzir matérias-primas tão rapidamente como os seres humanos as consomem. Os nossos recursos não são infinitos”, sublinha Niklas Voß, diretor de Vendas Adjunto da FKuR. “Os nossos graus Terralene HD 4527 e Bio-Flex S 5514 foram testados com sucesso para utilização em máquina de lavar loiça, o que nos permite oferecer aos nossos clientes segurança adicional no desenvolvimento de conceitos reutilizáveis sustentáveis”, conclui. Projeto Bio-Uptake desenvolve produtos intermédios de base biológica Nos últimos anos, os materiais de base biológica tornaram-se populares na indústria devido à sua multifuncionalidade e elevado desempenho. Neste contexto, e com o objetivo de melhorar ainda mais as propriedades dos produtos do futuro, o projeto europeu Bio-Uptake, financiado pela União Europeia com quase 6 milhões de euros, irá desenvolver um conjunto de produtos intermédios avançados, que visammudar o paradigma da indústria e do consumo. Estes compósitos de base biológica serão eco-desenhados e intrinsecamente adaptados para otimizar os processos de fabrico circular com bioplásticos e a sua posterior reciclagem. Os materiais do Bio-Uptake combinarão diferentes matérias-primas que poderão ser separadas e reutilizadas. O projeto desenvolverá igualmente três sistemas inteligentes específicos para apoiar o fabrico e o manuseamento de produtos termoplásticos e termoestáveis de base biológica exigidos pelo mercado. O portefólio de materiais a desenvolver incluirá desde adesivos reversíveis a filamentos reforçados, pellets ou lâminas. Estes produtos intermédios poderão ser utilizados como base para os setores da construção, da embalagem ou da medicina. Para validar esta solução inovadora, serão desenvolvidos três demonstradores de base biológica no âmbito do Bio-Uptake: palmilhas ortopédicas, tampas de contentor e tetos pré-fabricados para casas de banho. Os graus Terralene HD 4527 e Bio-Flex S 5514, da FKuR, foram testados com sucesso para utilização emmáquina de lavar loiça.

15 OBRIGADA, PLÁSTICO Novo BMW iX terá um para-brisas leve e sustentável O novo BMW iX vai incorporar compostos de fibra de carbono de alta tecnologia da Wipag. Graças ao composto WIC PA6 15 BK IM, o para-brisas do veículo totalmente elétrico apresenta um baixo peso e uma sustentabilidade acrescida. O componente híbrido metal-plástico na base da peça será fabricado por injeção com um compósito WIC. Este contém fibras de carbono recicladas procedentes da produção de plásticos reforçados com fibra de carbono (CFRP) na BMW, um bom exemplo de economia circular. O material WIC PA6 15 BK IM oferece um elevado potencial de peso leve e excelentes propriedades mecânicas. A utilização de fibras de carbono recicladas no composto WIC assegura uma pegada de carbono inferior à fibra de carbono virgem: por exemplo, a produção de 1 kg de WIC PA6 liberta cerca de 6 kg de CO2 eq. em comparação com cerca de 9 kg de CO2 equivalente à produção de 1 kg de fibra de carbono virgem (balanço calculado com o software GaBi). Soluções digitais ENGEL para uma fábrica inteligente A est ratégia de digi tal ização da ENGEL está per feitamente alinhada com o ciclo de vida dos seus produtos. Desde o design das peças, amostragem, produção e manutenção & serviços. Temos as soluções digitais cer tas para ajudá-lo a utilizar todo o potencial das suas máquinas de injeção e reduzir, de forma sustentável, a sua pegada de carbono. Saiba mais: engelglobal.com/inject-4-0 DESIGN AMOSTRAGEM MANUTENÇÃO & SERVIÇOS PRODUÇÃO

ENTREVISTA 16 AMÉLIA ESTEVÃO, DIRETORA DE MARKETING DA EXPONOR “É crucial continuar a reunir os principais atores da indústria, neste que é o maior evento português do ramo” Luísa Santos As feiras setoriais são importantes barómetros de qualquer economia. Mesmo antes de sabermos que Portugal foi o país da Europa que mais cresceu em 2022, já o facto de a EMAF, a principal feira industrial nacional, voltar a ter lista de espera nos dava essa indicação. Nesta entrevista, Amélia Estevão, diretora de Marketing da Exponor, analisa o bom desempenho da indústria nacional à luz da atual conjuntura e diz-nos o que esperar da edição deste ano, centrada na transformação digital. A edição deste ano da EMAF voltou à dinâmica pré- -pandemia, com o espaço esgotado muito antes do evento. Este é um sinal de que a economia portuguesa não está a ser tão afetada pelas condicionantes externas como está a acontecer com outros países da Europa? É com grande satisfação que avançamos que a 19ª edição da EMAF - Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria - já se encontra esgotada há algum tempo. Atingimos o objetivo de ver todo o nosso recinto completo, commais de 430 empresas expositoras, nacionais e internacionais. Neste seguimento, concluímos que apesar do panorama vivido, Portugal está a alcançar níveis de crescimento. Importa destacar, é claro, que a EMAF traz para o plano principal um setor que mexe com a economia em contexto global – a indústria. É crucial continuar a reunir os seus atores, neste que é o maior evento português do ramo, e que visa dar resposta aos seus desafios e tendências. Ao esgotarmos os expositores, comprovamos a pertinência da realização deste evento de grande escala. Além disso, vermos a EMAF esgotada meses antes do seu início vemcomprovar que, embora os eventos online tenham alcançado força emcontexto pandémico, estes não resultam na sua totalidade, porque as pessoas precisamdo contacto presencial. Será, certamente, um regresso memorável.

17 Na sua opinião, que fatores contribuem para tal? Acreditamos que a posição geográfica do nosso país influencie a que a sua economia seja uma das menos expostas, da União Europeia, às economias russa e ucraniana, por essa razão, a Comissão Europeia colocou Portugal como o país europeu com maior crescimento em 2022. Claro que estamos expostos a muitos desafios, desde as dificuldades que as empresas sentem em aceder a matérias-primas ao aumento dos custos da energia, da mão-de-obra ou dos transportes. Contudo, ainda assim, verifica-se um crescimento da economia portuguesa, que se deve, sobretudo, ao contributo positivo da procura interna e, naturalmente, às exportações. Ao longo dos anos, a EMAF tem vindo a diversificar a área de atuação para passar a incluir empresas fornecedoras dos mais diversos mercados. Como aconteceu esta evolução? Pretendemos conquistar uma vertente cada vez mais internacional, edição após edição, e destacamos que na edição de 2021 a EMAF abriu portas a visitantes e expositores oriundos de 57 países. Do balanço que temos vindo a obter, a presença das empresas estrangeiras surge pelo seu interesse no mercado português, tendo em conta o seu potencial. São variados os fatores que destacam o nosso país, nomeadamente: a localização geográfica privilegiada, as boas infraestruturas, a sua estabilidade macroeconómica, as reformas estruturais em curso, bem como as excelentes condições de investimento. Só podemos concluir que a perspetiva de futuro é muito favorável, na qual a economia nacional tem um potencial de crescimento significativo nos próximos anos. O número de fornecedores da indústria de plásticos também tem vindo a aumentar. Na sua opinião, que fatores levam estas empresas a interessar-se pela EMAF? A indústria dos plásticos enfrenta variados desafios face ao contexto atual, nomeadamente, na sequência do aumento dos preços da energia. A EMAF tem esta particularidade, de reunir os variados setores industriais para debater o presente e partilhar sinergias. Avançamos que temos tido um aumento significativo de empresas com equipamentos para a indústria de moldes e algumas empresas de plásticos e compósitos, com aplicação direta na indústria nos diferentes setores – o que favorece a indústria dos plásticos. Outro fator, é que as empresas procuram estar presentes pela abrangência que a feira tem no mercado ibérico. A transformação digital é tema central na EMAF 2023 www.deltaplas.pt GREEN SOUL TECHNOLOGICAL ATTITUDE CONNECTED NETWORK www.moretto.com A nossa filosofia, “orientada para o cliente” guia-nos para a oferta de soluções altamente inovadoras, capazes de otimizar processos de produção e de eficiência energética. Pretendemos, reduzir a pegada de carbono e tratar materiais reciclados, assegurando a intercomunicação digital ao longo de toda a cadeia de produção. Nesta perspetiva, a Sustentabilidade, a Tecnologia e a Digitalização são os pilares que nos distinguem na indústria de transformação de plásticos.

ENTREVISTA 18 Este ano, em que pavilhão vamos poder encontrar estas empresas? Estão concentradas, sobretudo, nos pavilhões 1 e 2. De forma a permitir uma visita mais profícua, a EMAF está dividida em quatro setores principais: máquinas e equipamentos para a indústria do metal; ferramentas manuais e elétricas consumíveis e equipamentos pessoais de segurança; indústria 4.0/5.0, automação industrial e robótica; soldadura. Para além destes setores, os visitantes podem encontrar um leque variado de soluções para quase todos os setores industriais. No total, quantos expositores diretos terá a feira? A 19ª edição da EMAF contará com mais de 430 empresas diretas. A percentagem de expositores internacionais mantém-se elevada? Sim, cerca de 20% das empresas confirmadas são internacionais, com uma forte presença espanhola. Quais são os temas fortes da edição? O tema que apresentamos este ano é ‘Transformação Digital’, com momentos de debate e reflexão sobre o futuro do setor. A otimização energética, a digitalização, a automação e a inteligência artificial serão alguns dos tópicos em destaque, permitindo às empresas apresentar soluções integradas que garantem o máximo desempenho e eficiência dos processos produtivos. Que tipo de tecnologias poderão os visitantes encontrar nos pavilhões da Exponor? Podemos avançar que alguns dos nossos clientes vão apresentar soluções inovadoras na área da eficiência energética, robótica, inteligência artificial, manufatura aditiva e realidade aumentada. Ao falarmos de tecnologia, não podemos deixar de destacar a plataforma digital E+E, enquanto apoio à feira física e uma das grandes apostas da Exponor. Esta ferramenta, que está sempre em constante evolução e atualização, foi pensada para criar um ecossistema global do setor e aproximar visitantes e expositores – mesmo antes de darmos início ao evento. Estão programadas atividades paralelas? Quais? Nesta 19ª edição temos previstas várias atividades paralelas à exposição, tais como conferências, workshops, entrega de prémios, entre outras. Avançamos ainda que alguns dos nossos clientes vão apresentar soluções inovadoras na área da eficiência energética, destaque que será apresentado durante a edição. O nosso site conterá a atualização de todas estas informações. Nos últimos anos, a EMAF realizou-se sempre no último trimestre. Que razões motivaram a alteração de calendário? Foi uma decisão tomada em prol do interesse manifestado pela maioria das empresas e ainda concertada com a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), parceiro oficial do evento. Preveemmanter estas datas nas próximas edições? Sim, vamos manter a realização da EMAF no final do primeiro semestre dos anos ímpares, alternando com a 360 Tech Industry – Feira Internacional 4.0, Robótica, Automação e Compósitos. n Otimização energética, digitalização, automação e inteligência artificial serão alguns dos tópicos em destaque

Alberto CORREIA Sales & Marketing / Regional Manager Portugal / España / França Tel: (+351) 934906895 acorreia@dukane.com • www.dukane.com Centro de testes em Portugal Wondermac - Innovative Solutions, Lda. Rua Nova da Nespreira, Pav. 11 • 4770-287 Lagoa VNF Tel: (+351) 252181344 • Tm: (+351) 915279601 [Tiago Ferraz] info@wondermac.pt • www.wondermacsolutions.com SOLUÇÕES DE SOLDADURA PARA A INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS EM PORTUGAL MÁQUINA DE SOLDADURA POR VIBRAÇÃO PRENSA DE ULTRASSONS PNEUMÁTICA PRENSA DE ULTRASSONS COM SERVOMOTOR MÁQUINA DE ROTAÇÃO COM SERVOMOTOR

20 Folhadela Rebelo participa na EMAF com duas novas representadas A Folhadela Rebelo vai estar presente na EMAF 2023, comduas novas representadas na área dos periféricos: a holandesa Movacolor e a alemã Digicolor. Falámos comos responsáveis pela empresa para saber quemais valias trazemestas marcas para omercado da transformação de plásticos e que outras novidades terão emexposição de 31 demaio a 3 de junho, na Exponor. Luísa Santos Esta é a segunda vez que a Folhadela Rebelo participa na EMAF, a principal feira nacional de máquinas, equipamentos e serviços para a indústria. Manuel Folhadela, sócio-gerente da empresa, explica-nos que, inicialmente, decidiram expor neste certame para “desenvolver outras áreas de negócio fora da indústria de plásticos, como é o caso da área dos banhos de galvanização e da área alimentar, com os sistemas de frio da Frigel". No entanto, pela localização geográfica e pela proximidade com o Norte de Espanha, a feira acaba por atrair muitos visitantes do setor dos plásticos, "razão pela qual, este ano, vamos estar no pavilhão 3, onde estarão também outras empresas do ramo”. Em especial destaque no stand da empresa (Pavilhão 3, Stand A02) estarão as novas representadas no segmento dos periféricos: a Movacolor e a Digicolor, ambas marcas conhecidas dos transformadores de plásticos portugueses, apesar de, até há pouco tempo, apenas uma, a Movacolor, ter representação em território nacional. “Sentíamos a necessidade de oferecer aos nossos clientes uma gama mais variada de equipamentos de Os desumidificadores da Digicolor têm um sistema de secagem que não utiliza sílica molecular, mas sim um filtro de papel impregnado em dessecante.

21 alimentação automática, secagem de matéria-prima e doseamento de corantes”, refere Rui Folhadela, sócio- -gerente da empresa. “Já tínhamos em carteira as soluções da Virginio, mas, apesar de se tratarem de equipamentos muito fiáveis, a gama que esta marca disponibiliza é limitada”, acrescenta. Em vigor desde janeiro deste ano, os dois acordos de distribuição vêm colmatar esta lacuna. “Estamos a ter uma aceitação muito boa de ambas as marcas. Ambas oferecem um produto de grande qualidade, com uma forte aposta na poupança de energia e de materiais”, destaca Manuel Folhadela. Durante a EMAF, estará em exibição uma máquina de injeção de 120T, 100 % elétrica, Precision Moulding, da KraussMaffei. Produzida nas fábricas damarca alemã na China e commenos extras que o modelo europeu, “esta máquina chega ao mercado numa gama de preços muito atrativa, perfeitamente adequada às expectativas e necessidades do mercado nacional”, considera Rui Folhadela. Na feira, a máquina estará equipada com os sistemas da Movacolor e da Digicolor. Os visitantes do stand poderão encontrar também o já conhecido sistema de refrigeração integrada Ecodry, da Frigel, e a nova série de termorreguladores eMold S, da Reglolas, com variadores de bomba, que se destacampela elevada eficiência energética. “Estes aparelhos detetama necessidade de caudal e de pressão, adaptando o funcionamento da bomba à mesma”, refere Rui Folhadela. DIGICOLOR: SECAGEM SEGURA E EFICIENTE Empresa de caráter familiar, a Digicolor tem vindo a crescer a nível mundial e conta, na sua carteira de clientes, commarcas de renome como a Lego. Desta representada, a Folhadela Rebelo aposta essencialmente nos sistemas de alimentação centralizada, que comportam entre 3 e 20 máquinas, e nos desumidificadores. “A Digicolor tem a particularidade de vender um sistema de secagem patenteado único no mercado, que não utiliza sílica molecular, mas sim um filtro de papel impregnado em dessecante”, explica-nos Hugo Pontes, gestor comercial da empresa. De acordo com a própria marca, este sistema oferece diversas vantagens. Por um lado, elimina o perigo de migração de pó de sílica para a matéria-prima - aspeto particularmente crítico na produção para a indústria alimentar - e, por outro, elimina a necessidade de uso de água ou ar comprimido, ao contrário do que acontece nos equipamentos tradicionais de dois tanques. Além disso, permite otimizar a produção através do ajuste de todos os parâmetros de secagem como a quantidade específica de ar seco necessária, a temperatura e o tempo de secagemou o ponto de orvalho. De acordo com Hugo Pontes, isto representa uma poupança energética que pode ir até aos 40% em relação aos sistemas convencionais. “Numa altura em que as empresas procuram baixar os custos com a energia, esta é uma grande mais-valia”, assegura. “Inclusive, já temos um cliente emPortugal a utiManuel e Rui Folhadela, sóciosgerentes da Folhadela Rebelo. Termoregulador da gama eMold, da Regloplas.

22 lizar estas estufas numa nova unidade fabril, com muito bons resultados”, acrescenta. MOVALOR: MÁXIMA PRECISÃO PARA APLICAÇÕES EXIGENTES Especialista emdosagemdematerial, a Movacolor tem vindo a apostar na elevada precisão dos seus equipamentos. Um dos seus mais recentes desenvolvimentos, o doseador optométrico MCNexus, consegue dosear quantidades de masterbach tão pequenas como um só pellet por ‘shot’. O princípio de funcionamento do MCNexus é simples. Um fornecimento de ar comprimido standard cria vácuo através de um cartucho de ar. Um disco de doseamento recolhe os pellets individuais uma um. Por fim, o pellet é descarregado com o mesmo ar comprimido. Resultado: contagem de pellets com 100% de precisão. Para reduzir o número de componentes, o MCNexus é fabricado com impressão 3D. Isto permite personalizar a ligação à máquina de produção. Alémdapoupançade material que oferece, a elevada precisão desta unidade ultracompacta torna-a particularmente indicada para aplicações de micro-injeção de componentes eletrónicos. Dentro destamarca, Hugo Pontes destaca também o sistema MCI Fuse, que pode ser uma importante ferramenta para os fabricantes de embalagem PET, cada vez mais confrontados com a necessidade de incorporar reciclado na produção. “O sistema consegue, através de um fuso, aquecer o PET e compacta-lo à entrada do ‘shot’, sempre com um peso de reciclado pré-definido”. Uma nota final para o sistema de poliestireno expandido da Movacolor, muito utilizado na produção de solas para calçado de desporto. “Este sistema permitiu-nos entrar num mercado novo para a Folhadela Rebelo e a verdade é que já conseguimos instalá-lo numa fábrica que, graças a ele, vai passar a produzir cá as solas de uma marca internacional que, antes, eram feitas fora”, assinala o gestor comercial. IMPRESSÃO 3D: UM MERCADO DE FUTURO Na última K, a KraussMaffei apresentou as suas duas primeiras máquinas de impressão 3D: a PowerPrint (grande formato) e a PrecisionPrint (pequeno formato). Um doseador ‘standard’ da Movacolor consegue dosear desde 70 gramas a 138 Kg/hora Desumidificador da Digicolor. Doseador optométrico MCNexus, da Movacolor.

23 Máquina PowerPrint, da KraussMaffei, para fabrico aditivo de componentes de grandes dimensões (até 10 m3). De acordo com Rui Folhadela, a máquina de grande formato vai começar a ser instalada já no próximo mês em unidades de empresas parceiras, para a fase de testes, e deverá iniciar a fase de industrialização antes do final do ano. Já a de pequeno formato só deverá começar a ser produzida em 2024. “A impressão 3D oferece inúmeras vantagens ao mercado da injeção de plásticos, nomeadamente ao eliminar a necessidade de produção de moldes protótipo. Além disso, com a capacidade que a nossa tecnologia tem de imprimir diversos tipos de matérias-primas, o cliente pode usá-la para fazer peças de teste da própria matéria-prima, o que é muito importante”, conclui o responsável. n INDÚSTRIA OPTIMIZE A SUA EFICIÊNCIA INJEÇÃO EXTRUSÃO SOPRO TERMOFORMAÇÃO KILOWATTS Refrigeradores de àgua condensados por ar Capacidade frigorífica: 227 ÷ 481 kW Compressores Multiscroll Truly industrial, truly green NOVAIR-MTA, S.A.U. E-08233 Vacarisses (Barcelona) Tel: +34 938 281 790 E-mail: info@novair-mta.com www novair-mta com : soluções verdes para controle de temperatura na indústria de plásticos Refrigeradores de àgua condensados por ar Capacidade frigorífica: 7 ÷ 254 kW Compressores Scroll/Multiscroll O refrigerador industrial de referência REFRIGERANTE NATURAL R290 SISTEMA FREE COOLING MODULAR REFRIGERANTE DE BAIXO GWP R513A/R454B GAMAS DE PRODUTO COM REFRIGERANTE DE BAIXO GWP 1,7÷1945

24 DIGITALIZAÇÃO & INDÚSTRIA 4.0 Neutroplast investe na digitalização da produção A digitalização é um dos principais pilares da indústria do futuro. Ao proporcionar dados da produção em formato digital e em tempo real, ferramentas como os ‘gémeos digitais’ facilitam a tomada de decisões cruciais para a poupança de recursos e produtividade das empresas. Com o apoio do INESC TEC, a Neutroplast levou a cabo um projeto piloto único no setor que coloca a indústria de plásticos nacional na senda da indústria 4.0. O Digi4Plast é um projeto piloto, sob a alçada do projeto europeu Change2Twin, que visa o desenvolvimento e implementação de umDigital Twin (gémeo digital, na tradução para português) numa das linhas de produção da Neutroplast. O objetivo final é melhorar e otimizar a produção em máquinas de extrusão-sopro, através do acesso a dados e parâmetros de produção e de qualidade, bem como da simulação das condições da produção, para prevenir desperdícios. O acesso aos dados, tanto em tempo real como de forma diferida, e a sua posterior análise, permitem agilizar a tomada de decisões futuras. Para a realização do piloto, a empresa de Sobral de Monte Agraço contou com a colaboração e 'expertise' do INESC TEC, que a acompanhou no desenho da arquitetura da solução, na definição de requisitos técnicos e na implementação do sistema. Este piloto vem no seguimento de uma aposta da Neutroplast na modernização do parque de máquinas e dos processos internos da empresa. “Acreditamos que é importante investir na implementação da Indústria 4.0 no nosso setor, de forma a sermos mais competitivos, melhorarmos os nossos níveis de qualidade de produto Júlio Rufino, CEO da Neutroplast.

25 DIGITALIZAÇÃO & INDÚSTRIA 4.0 e de serviço”, afirma Júlio Rufino, CEO da empresa. Adicionalmente, este tipo de ferramenta liberta os trabalhadores de tarefas de baixo valor acrescentado e apoia-os em tarefas que têmmesmo de ser desempenhadas por pessoas. Exemplo disso foi a implementação de um AGV na fábrica da Neutroplast para transporte de produto entre o armazém e a zona de embalamento; ou ainda a instalação de sistema de controlo por visão artificial, que no futuro deverá fazer parte integrante do Digital Twin. “A própria execução do projeto trouxe-nos conhecimentos que hoje não teríamos se não tivéssemos iniciado este piloto”, refere Júlio Rufino, acrescentando que, “ao realizar o levantamento de requisitos e dos dados a que já temos acesso, deparámo-nos com questões que antes não se levantavam, pois o processo, tal como está, não necessita deles”. Com este piloto, a empresa criou oportunidades de melhoria de procedimentos para garantir uma base robusta para a fase posterior, de implementação de soluções 4.0 emmaior escala. “O Digi4Plast deu-nos a oportunidade de aprender e aumentar o conhecimento interno sobre as necessidades e das soluções da indústria 4.0, embora cada caso seja um caso”, considera o CEO. No entanto, a execução do piloto revelou algumas dificuldades, como conta Júlio Rufino: “Um dos primeiros desafios com que nos deparamos foi o tempo disponível para as ambições que tínhamos, que era de apenas nove meses. Estes tiveram de ser revistos ao longo do tempo. Outro desafio foi a adaptação da máquina aos requisitos. Ou seja, embora o parque de máquinas seja relativamente recente, a tecnologia evolui muito rapidamente, e era necessário realizar algumas atualizações, como foi o caso do firmware da linha de extrusão- -sopro em que estávamos a realizar o piloto, de modo a que fosse possível suportar o envio de dados em tempo real. Esta atualização sofreu vários atrasos devido a imprevistos por parte do fabricante da máquina, que no final conseguimos superar, à base de muita comunicação”. De acordo com o responsável, a solução final que foi implementada não atingiu as ambições iniciais do projeto, mas abriu os caminhos e colocou as bases para que a empresa as possa alcançar a curto/médio prazo. “A solução permitiu-nos implementar a arquitetura de fluxo de dados que nos possibilita saber e relacionar as condições de operação da máquina de extrusão, bem como os controlos de produção. Além disso, permite-nos obter o cálculo da pegada de carbono com base nos valores reais para cada produção realizada na linha piloto”. Há mais de 25 anos no mercado, a Neutroplast especializou-se na produção de embalagens de plástico para a indústria farmacêutica e de cuidado pessoal. Hoje, está presente em 36 países e aposta cada vez mais emprojetos de I&D que têm como objetivo não só a otimização de processos, mas também a sustentabilidade dos produtos que comercializa. n O Digi4Plast visa o desenvolvimento e implementação de um Digital Twin numa das linhas de produção da Neutroplast.

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