28 EMBALAGEM Bruna Mota, Técnica de Inovação da SGS e Gestora de Projeto da 'Embalagem do Futuro'. A Agenda Mobilizadora Embalagem do Futuro pretende ser uma resposta às principais prioridades do Pacto Ecológico Europeu. O objetivo é apresentar uma embalagem mais ecológica, mais digital e inclusiva de contribuir para a preservação do ecossistema e consiga, através da digitalização, garantir a sua competitividade e eficiência. Para isso é necessário que, para além do cumprimento de normas ambientais, sejam implementadas outras ações que minimizem os impactos negativos decorrentes da atividade desta cadeia de valor. Como resposta a esta situação, a certificação de Embalagem Sustentável vem fundamentar e garantir que determinadas ações estão a ser implementadas e cumpridas, no sentido de melhorar o desempenho ao nível da sustentabilidade. Este esquema de certificação vai permitir a alavancar os fenómenos de transição ecológica e competitividade na cadeia de abastecimento de embalagens, já que vai ter como base indicadores e requisitos que permitirão avaliar o desempenho de entidades e/ou produtos na diminuição do seu impacto no meio ambiente. Para além disso, e trabalhando a par com a transição digital, um critério inovador desta certificação será a inserção de diversas tecnologias emergentes no processo, como por exemplo o uso da tecnologia de blockchain para endereçar os requisitos da rastreabilidade. Quais são as grandes metas e prioridades da SGS para a área da embalagem na indústria alimentar em 2023? A indústria alimentar, bem como a cadeia de valor responsável pelas embalagens destinadas ao acondicionamento de produtos alimentares, tendo em conta os desafios atuais de transição ecológica e digital, estão obrigadas a procurar formas mais eficientes de produzir, transformar e consumir que respeitem os limites ecológicos do planeta. Neste sentido, é prioridade da SGS desenvolver soluções que desempenham um papel de importância crescente para a sustentabilidade e competitividade das empresas e cadeias de valor das embalagens. Para isto, o esforço vai estar direcionado no sentido de se desenvolveremembalagens rastreáveis, identificadas com rotulagem ecológica e proveniente de esquemas de certificação inovadores. Serão também imprescindíveis esforços que tenham como ambição padronizar indicadores, dados e processos, de forma a permitir a uma transferência assertiva do desenvolvimento de uma cadeia sustentável e digital. Por fim, que evolução estima que tenhamos no futuro - que se pretende descarbonizado - no que toca a este tema? Hoje vivemos ummomentode transição para um futuro com uma economia neutra em carbono, por via da sua descarbonização, redução do consumo de energia e da promoção de fontes endógenas de energia. É a adoção destes conceitos que irá promover a competitividade da indústria e das empresas. Desta forma, o setor das embalagens, como qualquer outra indústria nos dias de hoje, deve adaptar um comportamento que vá ao encontro das medidas do Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC), que visa a utilização sustentável dos recursos a longo prazo, rumo a um futuro neutro em carbono. Só com uma forte gestão de recursos, a par com uma redução assertiva, sistematizada e organizada do seu impacto é que cadeia de valor das embalagens alcançará a sua descarbonização industrial e empresarial. n
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