A escassez de equipamentos de proteção contra o coronavírus fez com que empresas e particulares se mobilizassem para entregar aos profissionais da linha da frente os produtos em falta. Numa fase inicial, surgiram diversos projetos de impressão 3D para produzir, por exemplo, peças para segurar as máscaras. A Tecnofrias, empresa fornecedora de equipamentos para transformação de plásticos, decidiu começar a fabricar estas peças através do processo de injeção, alcançando assim quantidades diárias impossíveis de conseguir com o fabrico aditivo.
A peça, fabricada em PE, tem vários encaixes para prender os elásticos das máscaras (daí a denominação de ‘pente’), permitindo, assim, um ajuste perfeito das mesmas.
De acordo com Rui Fonseca, gerente da Tecnofrias, a ideia surgiu quando estavam a terminar o recondicionamento de uma máquina de injeção Battenfeld 500/200 CDK. “Em vez de a colocar no mercado, decidimos utilizá-la para este projeto. Desta forma, estamos a dar o nosso modesto contributo para a luta contra a pandemia”, afirmou. O passo seguinte foi redimensionar a peça para o processo de injeção.
Neste momento, a empresa está a produzir uma média de 300 peças por hora para oferecer aos profissionais das forças policiais, de lares e de instituições de saúde. Os ‘pentes’ podem também ser adquiridos pela população em geral, por um valor simbólico. “O nosso objetivo é contribuir para a proteção dos profissionais e da população em geral. Não temos qualquer intenção de beneficiar desta situação”, assegura Rui Fonseca.
Representante em Portugal da marca Wittmann Battenfeld, a Tecnofrias comercializa os mais diversos equipamentos para a transformação de plásticos e conta com um departamento técnico que lhe permite oferecer serviços como o desenvolvimento de projetos de engenharia e o recondicionamento de máquinas de injeção.
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