A Sumitomo (SHI) Demag e o seu representante técnico CJP realizaram, no dia 7 de julho, o primeiro open house conjunto em Portugal. O evento decorreu nas instalações da CJP, na Póvoa de Santo Adrião, e contou com a presença de 42 profissionais de 25 empresas fabricantes de plásticos. A InterPlast esteve lá e conversou com o responsável pela empresa portuguesa, Carlos Silva, que há 35 anos trabalha com esta marca. Relatou-nos uma parceria de sucesso e destacou dois elementos chave para o crescimento da Sumitomo (SHI) Demag: a aposta pioneira na eletrificação e o fabrico próprio, à medida, de componentes essenciais.
Sebastian Schaper, diretor geral da Sumitomo (SHI) Demag para Portugal e Espanha, à esquerda, e Carlos Silva, sócio-gerente da CJP - Assistência à Indústria de Plásticos, à direita, junto à máquina de injeção 100 % elétrica IntElect 100-250.
Reconhecido no mercado da injeção de plásticos pela sua longa experiência e conhecimento técnico, Carlos Silva iniciou a atividade ao serviço da Ilídio Martins, empresa que, durante vários anos, representou a antiga Demag em território nacional. Em 1999, fundou a CJP - Assistência à Indústria de Plásticos e, desde então, manteve sempre uma parceria com a empresa alemã, que viria a ser adquirida em 2008 pela japonesa Sumitomo. Em 2021, assumiu oficialmente a representação técnica da Sumitomo (SHI) Demag em território nacional.
Presente no evento, o diretor geral da Sumitomo (SHI) Demag para Portugal e Espanha, Sebastian Schaper, referiu que “a parceria com a CJP é uma aposta ganha” e que “a vasta experiência técnica de Carlos Silva é, sem dúvida, uma mais valia quer para a empresa, quer para os clientes da indústria portuguesa”.
O open house contou com a presença de 42 convidados, de 25 empresas nacionais.
Ao longo dos anos, as máquinas Sumitomo (SHI) Demag evoluíram para se tornarem mais versáteis e económicas e, neste aspeto, a eletrificação dos equipamentos trazida pela Sumitomo quando em 2008 adquiriu a Demag foi determinante. “As máquinas 100 % elétricas são muito mais económicas que as tradicionais, já que não implicam custos com o aquecimento do óleo nem gastos de água”, assegura Carlos Silva. “Mas, têm outra característica essencial: são muito menos poluentes. As máquinas hidráulicas têm várias condicionantes relacionadas com os óleos utilizados, desde a necessidade de substituição periódica e reciclagem dos mesmos, até às possíveis fugas: basta que uma mangueira rebente para obrigar a trabalhos difíceis e demorados de limpeza”, refere.
O responsável considera que “o mercado português está bastante recetivo a este tipo de equipamentos, mas continua a existir a ideia de que a máquina elétrica é muito mais cara que a máquina hidráulica. Se é verdade que, realmente, o investimento inicial é superior, a manutenção posterior é muito menor, no final do ciclo de vida da máquina, a elétrica é mais barata que a hidráulica, além de todas as poupanças que traz durante o tempo de funcionamento”.
Durante o open house, esteve em demonstração uma máquina totalmente elétrica IntElect 100-250, com força de fecho de até 1.100 kN, design inteligente, ampla proteção do molde e controlo intuitivo. Ao integrar o sistema completo de controle no interior da estrutura, esta máquina consegue ser das mais compactas no mercado. O equipamento integra novas placas com maior rigidez o que, em conjunto com as guias lineares e outros componentes, garantem um alto grau de segurança do molde mesmo com moldes mais pesados. Além disso, conta com um controlo intuitivo, com grande variedade de opções para a monitorização e controle do processo.
A máquina esteve a injetar talheres reutilizáveis, produzidos em PA6, num molde cedido pela Matosplas.
No evento foi ainda apresentado o serviço de assistência técnica à distância disponibilizado pela Sumitomo (SHI) Demag, com ligação direta à fábrica da empresa na Alemanha, que permite realizar operações como pesquisa de avarias nas máquinas e atualização automática de software.
De todas as valências oferecidas pela Sumitomo (SHI) Demag, Carlos Silva destaca o fabrico próprio de componentes como uma das mais importantes, por garantir a independência de fornecedores terceiros. “As máquinas em que componentes essenciais, como os módulos eletrónicos, as bombas hidráulicas ou os servos, são fornecidos por empresas externas, têm um problema: se o fabricante deixar de os fabricar, é muito difícil encontrar substitutos”. Este facto ganha relevância atual, considerando a conjuntura de incerteza nas cadeias de abastecimento.
Além disso, o fabrico interno permite produzir componentes ‘à medida’. “Desta forma, é possível rentabilizar melhor o espaço e tornar a máquina mais pequena”, assegura o responsável.
Carlos Silva estima que a marca tenha instaladas em Portugal entre 500 e 600 máquinas, a maioria delas ainda sob a chancela da Demag, e orgulha-se de dizer que têm “máquinas a trabalhar com cerca de 40 anos”. A grande maioria destes equipamentos está instalada em empresas que trabalham para a indústria automóvel e de embalagem.
Questionado sobre as consequências dos últimos dois anos para as empresas nacionais, o responsável considera que a indústria de plástico nacional acabou por não ser afetada pela pandemia, “pelo contrário, mesmo as empresas do setor automóvel acabaram por se adaptar e diversificar a produção, como resposta à crise”. Na sua opinião, “a falta de matérias-primas que se seguiu foi, e ainda está a ser, um problema maior, com os preços a atingirem valores nunca vistos. Felizmente, esta situação está a estabilizar-se”, conclui.
À esquerda, a equipa da Sumitomo (SHI) Demag que dá apoio ao mercado português; à direita, a equipa da CJP.
O evento ficou completo com uma apresentação sobre 'Como potenciar os projetos de investimento do Portugal 2030', levada a cabo por Ricardo Vale, da Yunit Consulting.
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