De acordo com a organização, a adesão do setor ao XI Congresso foi “extremamente positiva”, tendo contado com cerca de 400 participantes provenientes de mais de 100 empresas e entidades. Sob o lema ‘Moldar (n)um mundo em mudança’, especialistas nacionais e internacionais apresentaram diversas perspetivas e abordagens sobre a evolução e o futuro deste que é um dos maiores clusters internacionais desta área, continuando a reinventar-se e representando a afirmação do País e da indústria portuguesa no mundo.
O ministro da Economia e Mar, António Costa Silva, valorizou o setor e incentivou-o a trabalhar o futuro realçando que “Infelizmente vivemos num país que, por motivos ideológicos, continua a hostilizar as empresas, em particular as grandes empresas. Continua a considerar o lucro um pecado e nós temos que combater esses preconceitos”.
Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, sugeriu a criação de um “selo sustentável” que valorize a indústria de moldes, defendendo que este sector deve procurar ser price maker, devendo inserir-se numa cadeia de valor onde o que aporta representa a maior parte do valor do produto final.
Merece ainda destaque o alerta deixado por Paulo Portas aos congressistas de que a “fragmentação é uma espécie de regionalização da globalização. A ideia de que nós devemos fazer negócios com os nossos aliados e não com os nossos clientes. Isto não é conveniente para a Europa. Primeiro, porque muitas vezes os meus maiores competidores são os meus aliados. Segundo, porque perco oportunidades”.
No seu discurso de encerramento, João Faustino, presidente da Cefamol reforçou: “Pretendemos que este congresso não marque um fim, mas um princípio de um novo ciclo de desenvolvimento. Em conjunto com o setor trabalharemos as propostas apresentadas nestes dois dias. Comprometemo-nos, a curto e médio prazo, a lançar ações com instituições de ensino, entidades públicas e governamentais. Contamos com a presença das empresas para, em conjunto, concretizar estes projetos e iniciativas.”
“Agradecemos a presença do Ministro da Economia e do Mar e da Ministra da Coesão Territorial no XI Congresso, que se mostraram conhecedores da evolução da indústria de moldes e da posição de destaque que este tem conquistado internacionalmente. Nos dois dias de congresso ficou comprovado que este setor continua focado no futuro, devendo fortalecer a união e a cooperação para ganhar mais escala e massa critica, potenciando a conquista de objetivos comuns. As empresas desta indústria devem ir juntas ao mercado, inovando em parceria, cooperando com instituições de ensino, apostando na formação de quadros e no investimento em I&D, devendo juntas garantir os instrumentos financeiros que potenciem a consolidação da imagem internacional e do posicionamento de excelência. O futuro da indústria de moldes ganhará se todos rumarmos para o mesmo lado”, concluiu João Faustino.
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