A Bosch, a Universidade do Porto (U.Porto) e o International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL) assinaram um novo projeto de inovação – Sensitive Industry – na área da indústria 4.0 e AIoT, num investimento de cerca de 10 milhões de euros suportado por fundos nacionais com o apoio do Compete 2020, a aplicar até 2025.
A assinatura do contrato decorreu no dia 20 de julho, numa cerimónia na Reitoria da Universidade do Porto que contou com a presença do presidente da AICEP, Filipe Santos Costa. “Este projeto é um exemplo da aposta da economia nacional na transformação digital. É representativo da dinâmica do ecossistema empresas, universidades e investigação e desenvolvimento tecnológico aplicado à indústria”, refere o presidente da AICEP.
O Sensitive Industry irá integrar cerca de 70 profissionais altamente qualificados, entre engenheiros e investigadores, que irão contribuir para a criação de conhecimento crítico e para o desenvolvimento de soluções inovadoras a partir de Portugal com elevado impacto. “Esta parceria é mais um exemplo da aposta da Bosch nas relações de parceria com a academia e o INL, como forma de contribuir para a inovação e competitividade do país. Esperamos que daqui resultem tecnologias com impacto na indústria tanto a nível de eficiência como custo e qualidade de produção, fazendo uso dos nossos produtos, nomeadamente câmaras e vídeo”, afirma António Pereira, administrador da Bosch em Ovar.
Para a Bosch, o futuro das fábricas passa pela conectividade e pela Inteligência Artificial. O projeto Sensitive Industry permitirá encontrar soluções ajustadas às exigências da digitalização da indústria através do desenvolvimento de um sistema com componentes inovadoras que vão permitir recolher e analisar dados de produção e logística com recurso a câmaras e outros dispositivos sensoriais de Inteligência Artificial aplicada à IoT (Internet of Things), possibilitando dessa forma a criação de um digital twin nestas duas áreas da fábrica, que vêm minimizar desperdícios e otimizar recursos. “Queremos dar resposta à necessidade de uma produção cada vez mais inteligente, com soluções conectadas que garantem transparência e flexibilidade na produção, além de operações mais fiáveis, contribuindo assim para melhorar a eficiência, a qualidade e o custo da produção através da tomada de decisão baseada em dados e com recurso às tecnologias AIoT”, explica Sérgio Salústio, responsável de I&D da Bosch em Ovar.
A nanotecnologia capacita a inovação e o INL tem como um dos seus eixos estratégicos colaborar com a indústria para o desenvolvimento de tecnologia e processos mais eficientes e competitivos, a nível internacional. “No projeto Sensitive Industry, recorremos à nanotecnologia para investigar e desenvolver novos sensores inteligentes, aliados a algoritmos de computação e de fusão sensorial para integrar dispositivos compactos de captura de imagem e profundidade autocalibráveis. Estes novos dispositivos multifuncionais permitirão uma digitalização mais fidedigna e robusta de parâmetros operacionais com versatilidade para diferentes cenários industriais”, afirma Paulo Freitas, diretor do INL.
Para o Reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, “o projeto Sensitive Industry é mais um excelente exemplo de uma parceria de inovação entre academia e indústria que irá motivar o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos made in Portugal. A Universidade do Porto está a empreender um esforço sério de aproximação às empresas, tendo em vista a realização conjunta de atividades de qualificação, investigação, desenvolvimento e inovação, com a Bosch a assumir-se como um dos nossos parceiros privilegiados. Desta forma, estou em crer que estamos a contribuir decisivamente para a transformação económica e social do nosso país, promovendo a valorização económica do conhecimento”.
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