O Grupo Polykemi, representado em Portugal e Espanha pela Plastic Agents, desenvolveu uma ferramenta de avaliação de ciclo de vida - baseada num estudo científico - para ajudar as empresas a reduzir a sua pegada de carbono através da escolha do melhor material para cada aplicação.
A nova ferramenta de ACV da Polykemi ajuda os clientes a fazer escolhas inteligentes de materiais que reduzam a sua pegada de CO2.
“Com a nossa ferramenta de ACV, ajudamos os clientes a fazer escolhas de materiais mais inteligentes para reduzir a sua pegada de carbono, ao mesmo tempo que lhes oferecemos a possibilidade de aligeirar os seus produtos e poupar tempo e custos”, afirma Henrik Palokangas, especialista em sustentabilidade de materiais poliméricos, na Polykemi.
Em 2015, a ONU adotou um novo tratado internacional sobre alterações climáticas, o Acordo de Paris, com o objetivo de limitar o aquecimento global. Cumprir este propósito implica esforços significativos por parte tanto dos produtores como dos consumidores.
“Atualmente, o debate está muito centrado na energia e nos combustíveis, mas também temos de considerar a forma como os diferentes produtos afetam o ambiente, mesmo quando estão a ser produzidos", explica Henrik Palokangas.
"Esta ferramenta foi desenvolvida com base nos resultados obtidos de um estudo científico realizado internamente e que consistiu na análise do impacto climático de todos os nossos produtos. Desta forma, damos aos nossos clientes uma oportunidade única de assumirem uma maior responsabilidade pelo clima, reduzindo simultaneamente os seus custos”.
A ferramenta de ACV foi desenvolvida com base nos resultados obtidos através de um estudo científico realizado na Polykemi em 2020 e centrado na análise do impacto climático dos materiais da empresa. O estudo mostrou que a escolha de materiais desempenha um papel importante na luta contra as alterações climáticas. "Graças à nova ferramenta, é agora possível calcular a pegada de carbono do início ao fim de todos os nossos materiais. Isto permite que os nossos clientes avaliem a pegada ambiental dos componentes que produzem”, afirmou Palokangas, lembrando que "é fácil selecionar materiais por força do hábito, apesar de poderem existir alternativas significativamente melhores que reduziriam os custos, que poupariam tempo e reduziriam a pegada de carbono".
O estudo científico da Polykemi foi realizado em colaboração com uma terceira parte para garantir uma análise objetiva de acordo com as normas aplicáveis. A metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (LCA ISO 14040) foi utilizada para quantificar os aspetos ambientais dos produtos existentes ou previstos.
Entre 60 e 80 por cento da pegada de carbono de qualquer produto acabado nas prateleiras provém das matérias-primas a partir das quais é fabricado. É por isso que os fabricantes têm a responsabilidade de escolher os melhores materiais para o seu produto em termos de função, peso e pegada de carbono. Em muitos casos, a pegada de carbono pode ser significativamente reduzida se se optar por plástico em vez de, por exemplo, metal.
Por exemplo, a pegada de carbono de uma saladeira de aço inoxidável é 2,4 kg de CO2 superior à de uma saladeira do mesmo tamanho feita de polipropileno (PP). Isto significa que, nesta aplicação o PP é um material 10 vezes mais inteligente.
Outro exemplo é um varão de cortina constituído por um perfil de alumínio de 3x5 cm. Mudar de alumínio para ABS reduzirá a pegada de carbono em 12 kg por metro de produto. “Esta é uma escolha que faz uma grande diferença se todo um complexo de escritórios estiver mobilado com varões de cortina. Acreditamos que as empresas e os produtores têm de assumir uma maior responsabilidade e manter os consumidores informados para que possam fazer as escolhas certas a bem do clima”, afirma Palokangas.
De acordo com o estudo científico da Polykemi, a mudança de PA6 GF15 virgem para PP GF15, tecnicamente possível em muitas aplicações, reduzirá a pegada de carbono em 6,9 kg de CO2e por kg de material, ou seja, 75%. Se o PP reciclado for uma opção, a pegada de carbono pode ser reduzida em mais 75%.
“Mesmo os materiais virgens podem proporcionar poupanças climáticas significativas. Além disso, a sua densidade é mais baixa, o que significa que podemos produzir 15-20% mais detalhes em cada quilo de material. Isto proporciona uma maior eficiência de custos e um melhor desempenho climático”, afirma Palokangas. “Ser inteligente com os materiais é muito mais do que apenas utilizar materiais reciclados.”
Durante mais de 50 anos, o Grupo Polykemi produziu e desenvolveu com sucesso compostos plásticos personalizados a partir de plástico virgem e de materiais reciclados de alta qualidade. “A Polykemi tem uma vasta experiência em materiais virgens e reciclados, e agora também tem a capacidade de simular os efeitos da escolha do material”, diz Palokangas.
"A nossa forte experiência permite-nos desenvolver materiais otimizados em termos de desempenho climático, características e custo. Quando utilizados corretamente, estes três parâmetros podem ser alinhados para produzir os melhores resultados”.
A versão simplificada da ferramenta de cálculo da Polykemi está disponível na página web materialsmart.info, onde os visitantes podem simular diferentes opções de materiais e ver o impacto que estes têm no clima. A página contem diversos exemplos de diferentes projetos de materiais inteligentes em que se conseguiram grandes poupanças.
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