Com incorporação de materiais reciclados provenientes de redes de pesca

A embalagem em desenvolvimento incorporará materiais reciclados provenientes de redes de pesca. A incorporação de resíduos provenientes da atividade piscatória permitirá tornar esta solução com uma menor pegada ambiental. Para além disso, pretende-se integrar no interior da embalagem um filme polimérico (food safe) que evitará a entrada de partículas e microrganismos no material isotérmico da embalagem (espuma de EPP), facilitando a higienização da solução. A melhoria das condições de limpeza permitirá que as soluções de transporte possam ser reutilizadas, promovendo uma economia mais circular, minimizando as emissões de CO₂. A integração de sensores capazes de monitorizar a temperatura ao longo do transporte e detetar o estado de deterioração do peixe, também está contemplada. Os sensores integrados contribuirão para um aumento da segurança alimentar, para a melhoria da eficiência da logística e, consequentemente, para a redução do desperdício alimentar.

A nova embalagem é destinada ao transporte de produtos a temperatura controlada com sistemas de ‘frio passivo’. Nestes sistemas são usados acumuladores, que possibilitam transportar produtos sensíveis à temperatura sem a necessidade de sistemas de refrigeração ativa nos veículos, o que por sua vez auxilia na transição para veículos elétricos, de forma a atingir o objetivo Net-Zero.

O presente projeto conta com a participação da ZØR-Thermal, promotor líder, o PIEP, a Alma Science, a ATT, a Code One, a Grandesign, a Polipop, a Riberalves, a Sea Eight, a Vangest e a Inova+.

No decorrer do trabalho, a contribuição do PIEP incidirá sobretudo em atividades de investigação e desenvolvimento do processo produtivo e das ferramentas produtivas, tendo em consideração o filme e design da caixa para o transporte dos produtos alimentícios. Inicialmente, serão identificadas metodologias para a combinação da produção de EPP com o filme polimérico e, posteriormente, o trabalho centrar-se-á no enquadramento da nova metodologia de formação de espuma com a incorporação de filme, de forma a testar os níveis de adesão entre o EPP e a película polimérica, a funcionalidade dos sensores, entre outros. Na fase final será feita a hibridização e integração do processo produtivo de forma a validar os requisitos do produto.

Adicionalmente, o PIEP será a entidade responsável pela análise comparativa do ciclo de vida e de custos entre a nova embalagem reutilizável e as embalagens de uso único, que são atualmente as mais usadas no transporte de peixe fresco e ultracongelado.

Agradecimentos

Trabalho realizado no âmbito do projeto 'mbalagem do Futuro, Agenda Verde para a Inovação Empresarial, projeto de investimento nº 59, financiado pelo PRR, NextGenerationEU.