Editorial da edição n.º 22 da revista InterPlast
Sem os plásticos, a mobilidade humana não seria o que é hoje. No setor automóvel, foi graças a estes materiais que os fabricantes conseguiram ultrapassar as crises do petróleo na década de 1970. Leves, resistentes, duráveis e facilmente moldáveis, substituíram gradualmente os metais, diminuindo o peso global dos veículos e tornando-os, consequentemente, mais económicos. Daí à total democratização deste meio de transporte foi um pequeno passo.
Agora, perante a necessidade urgente de diminuir as emissões de gases com efeito de estufa, os plásticos são novamente chamados a jogo. E, desta vez, com um triplo desafio: aumentar ainda mais a leveza das peças (essencial para aumentar a eficiência dos elétricos); permitir a incorporação de quantidades crescentes de reciclado; e garantir a reciclagem das peças no fim de vida.
A complexidade do tema tem motivado um intenso debate entre toda a cadeia de valor e dado origem a inúmeros projetos de I&D que começam a dar frutos. Graças ao trabalho conjunto entre os produtores de matéria-prima, os fabricantes das peças e os centros de investigação, são cada vez mais as marcas que conseguem cumprir, pelos menos, dois destes critérios. O assunto foi amplamente abordado na última edição do CEP Auto, evento organizado anualmente pelo Centro Espanhol de Plásticos, cuja reportagem pode ler na página 38 desta edição.
Naturalmente, este é um tema que os fabricantes de equipamentos utilizados na transformação de plásticos acompanham com a máxima atenção, muitas vezes antecipando tendências futuras. Na Fakuma deste ano, a maioria das marcas aposta, precisamente, na apresentação de tecnologia desenvolvida para aumentar a sustentabilidade e eficiência do processo. Na página 26 encontra um pequeno resumo do que vai poder ver, de 15 a 19 de outubro, em Friedrichshafen, Alemanha.
Neste número, abordamos também o tema da impressão 3D, cada vez mais utilizada nos mais variados campos de aplicação, e mostramos-lhe alguns bons exemplos de economia circular, reconhecidos pelo júri dos Prémios Europeus de Reciclagem de Plásticos 2024.
Uma nota final para a entrevista a Teresa Neves, responsável por trazer o Moldex3D para Portugal e cuja empresa, Simulflow, celebra este ano duas décadas de atividade. Uma história marcada pela consistência e pelo brio profissional, para ler na página 16.
Este número da InterPlast vai ser distribuído na feira Expometal, que irá decorrer de 7 a 9 de novembro na Exposalão, Batalha. Se só teve acesso à versão digital, visite-nos e leve um exemplar gratuito em papel.
Até lá!
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