Folhadela Rebelo, Lda.
Informação profissional para a indústria de plásticos portuguesa
Impulsionado pela procura na indústria elétrica e da construção

Mercado global de retardantes de chama ultrapassa os 2,3 milhões de toneladas anuais

21/10/2024

O mais recente estudo publicado da Ceresana mostra que o mercado global de retardantes de chama atingiu um volume de 2,3 milhões de toneladas por ano. Estes compostos, essenciais para prevenir incêndios ou retardar a sua propagação, são particularmente procurados em setores como a eletrónica, a construção e a indústria dos transportes, onde o risco de incêndio é elevado devido à presença de materiais inflamáveis.

Principais aplicações: eletrónica e cabos

Quase metade de todos os retardantes de chama são utilizados no setor da eletrónica e dos cabos. A eletricidade é uma das principais causas de incêndios no mundo, pelo que estes aditivos são essenciais para reduzir o risco de ignição em componentes elétricos e eletrónicos, como cabos, caixas e dispositivos. De acordo com a Ceresana, a utilização destes produtos nestes setores é vital para cumprir os regulamentos de segurança cada vez mais rigorosos, especialmente em regiões como a Europa e a América do Norte.

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O papel da construção: crescimento de 3,2% ao ano

Embora o setor da construção esteja a atravessar um período de abrandamento em várias economias, prevê-se que a utilização de retardantes de chama cresça a uma taxa de 3,2% ao ano até 2033 neste setor. A procura resulta principalmente da necessidade de utilização de destes aditivos em materiais de construção como os painéis de espuma de poliestireno (EPS, XPS), que são utilizados para isolamento térmico e acústico. Além disso, os retardantes são essenciais em revestimentos de vigas de aço, janelas de PVC e adesivos, ajudando a evitar a rápida propagação do fogo em edifícios e outras estruturas.

Os retardantes de chama mais vendidos e o seu impacto ambiental

O tri-hidrato de alumínio (ATH) continua a ser o retardante de chama mais vendido, com uma quota de mercado de 38%. Este composto é valorizado pela sua capacidade de inibir a propagação das chamas sem a utilização de halogéneos, o que o torna uma opção relativamente amiga do ambiente. No entanto, outras classes de retardantes de chama, como os bromados e organofosforados, estão a ser postos em causa pelo seu potencial impacto negativo no ambiente. Estes materiais podem libertar toxinas durante a sua decomposição, acumular-se nos organismos vivos e dificultar a reciclagem dos plásticos.

A União Europeia, através da Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA), está a avaliar a possibilidade de proibir vários destes produtos, especialmente os retardantes bromados, que representam uma pequena parte do mercado na Europa (4,1%) e na América do Norte (11,4%), mas são ainda mais utilizados na Ásia (28,1%).

Crescimento e desafios na Ásia-Pacífico

A Ásia-Pacífico lidera o consumo global de retardantes de chama, representando 46% da procura mundial. Este crescimento é impulsionado pela expansão das indústrias da eletrónica e da construção em países como a China e a Índia. A região é também um dos maiores produtores destes produtos químicos, o que facilita o seu acesso e utilização a baixo custo. No entanto, a necessidade de cumprir regulamentos ambientais mais rigorosos e as preocupações com a sustentabilidade estão a levar os fabricantes asiáticos a explorar alternativas mais ecológicas, como os retardantes de base biológica.

Rumo a um futuro mais sustentável

À medida que as regulamentações ambientais se tornam mais rigorosas, a indústria dos retardantes de chama está a desenvolver soluções mais sustentáveis. Os investigadores estão a trabalhar em retardantes derivados de fontes biológicas, como a nanocelulose, a lignina e as proteínas de soja, que poderão substituir gradualmente os compostos mais tóxicos. Embora estas alternativas ainda não tenham uma grande quota de mercado, a sua adoção poderá crescer nos próximos anos se se revelarem viáveis em termos de custo e de desempenho.

Além disso, a Ceresana destaca que cada quilograma de retardante verde que substitui os retardantes tradicionais pode reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa, tornando-os uma opção fundamental para as indústrias que procuram reduzir a sua pegada de carbono.

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Análise regional e de produtos

O relatório da Ceresana também fornece uma análise detalhada da utilização de retardantes de chama por região, tipo de produto e setor. Prevê-se que os setores da construção e da eletrónica continuem a ser os maiores consumidores, com um crescimento constante em regiões como a Ásia-Pacífico, enquanto a Europa e a América do Norte adotarão regulamentos mais rigorosos que poderão limitar a utilização de agentes retardantes de chama mais nocivos.

O estudo também traça o perfil dos principais fabricantes de destes materiais, como a Albemarle Corporation, a BASF SE, a Israel Chemicals Ltd (ICL) e a Lanxess AG, entre outros. Estes players importantes estão a investir em investigação e desenvolvimento para criar retardantes de chama mais eficazes e amigos do ambiente, capazes de satisfazer a crescente procura global sem comprometer a segurança e o ambiente.

Em resumo, o mercado global de retardantes de chama continua a crescer, impulsionado pela necessidade de aumentar a segurança contra incêndios numa vasta gama de indústrias. No entanto, este crescimento é acompanhado por desafios relacionados com a sustentabilidade e a conformidade ambiental, o que irá impulsionar a inovação na criação de retardantes de chama mais ecológicos nos próximos anos.

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