Segundo dados divulgados na semana passada pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), as exportações de componentes automóveis portugueses caíram 4,4% em setembro, em relação ao período homólogo.
Assim, no mês referido, o valor das exportações de componentes automóveis situou-se nos 1.000 milhões de euros, representando 14,7% no total das exportações de bens transacionáveis de Portugal. Embora as exportações de componentes automóveis tenham sofrido uma erosão no ano em curso, continuam a ter um peso significativo nas exportações nacionais.
Já no que se refere ao acumulado até setembro, as exportações de componentes automóveis atingiram cerca de 8.800 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 3,9% face ao período homólogo. No terceiro trimestre, que inclui os meses de junho a setembro, o setor registou um declínio de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Europa permanece o principal destino das exportações portuguesas de componentes automóveis, representando 88,5% das vendas internacionais. No acumulado de 2024, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023. Espanha continua a manter-se como o maior comprador, absorvendo 28,0% dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha (23,9%) e França (8,2%).
A AFIA destaca ainda que, embora as exportações de setembro tenham caído 4,4%, esta redução é menos pronunciada do que a verificada em agosto, altura em que se verificou uma diminuição de 5,4%. Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado.
Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 08 de novembro pelo Instituto Nacional de Estatística.
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