O Centro Tecnológico da Catalunha, Eurecat, criou uma formulação inovadora de ácido polilático, um plástico biodegradável de origem natural conhecido como PLA, especificamente concebido para o fabrico de têxteis com baixo impacto ambiental tanto na origem, fontes renováveis, como no final do ciclo de vida através da sua biodegradabilidade, o que pode contribuir para a redução dos resíduos plásticos nos aterros e nos oceanos.
“A inovação nasce do estudo do Eurecat sobre os bioplásticos como alternativa sustentável aos plásticos convencionais utilizados na indústria, já que podem ser utilizados para fabricar produtos têxteis de uso único que se degradam naturalmente, de forma acelerada, sem deixar resíduos no ambiente”, afirma Javier Baselga Zapater, diretor de Inovação de Processos Poliméricos e Compósitos do Eurecat.
De acordo com Sofia Perales Viñals, investigadora de Polymeric & Composites Processes do Eurecat, “o processo foi inteiramente desenvolvido nas instalações do centro, desde a formulação em Cerdanyola até ao multifilamento biodegradável gerado e ao fabrico do material têxtil em Canet de Mar, onde também foram realizados testes de acordo com as normas ISO para a indústria têxtil, consolidando um processo de produção totalmente sustentável”.
No caso da indústria têxtil, são habitualmente utilizados plásticos sintéticos como o poliéster (PET, PBT e PTT), o nylon (poliamida) ou o polipropileno. No entanto, existem poliésteres sintetizados a partir de recursos naturais, como o PLA, que constituem uma alternativa sustentável aos plásticos sintéticos convencionais derivados do petróleo.
Embora o ácido poliláctico seja de base biológica, o seu tempo de biodegradação é ainda muito longo, pelo que a Eurecat estudou alternativas, modificando a formulação do PLA para acelerar a sua degradação. A partir deste processo, a equipa de investigação do Eurecat obteve fios sintetizados para obter uma biodegradação acelerada.
O PLA é um plástico biodegradável feito a partir de recursos renováveis, que é comummente utilizado na impressão 3D. Este polímero termoplástico pode ser obtido a partir da fermentação de vegetais como o milho, a mandioca ou a cana-de-açúcar, entre outros.
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