Com as crescentes pressões regulamentares e exigências de sustentabilidade, a one.five, sediada em Hamburgo e cofundada por Claire Hae-Min Gusko, criou um copiloto baseado em IA para transformar o desenvolvimento de embalagens
A empresa vê a sua vantagem no facto de ter realizado uma análise abrangente de toda a cadeia de valor da embalagem, do início ao fim. Muitas empresas desenvolveram as suas operações em torno de processos específicos e muito específicos numa indústria madura com muitos intervenientes estabelecidos.
A One.five desenvolveu o seu próprio assistente baseado em inteligência artificial depois de analisar toda a cadeia de valor da embalagem. Numa indústria altamente fragmentada, onde os desenvolvimentos estão frequentemente concentrados em áreas específicas, a integração desta tecnologia permite uma visão mais holística. Um dos principais desafios é equilibrar a sustentabilidade e o custo, uma vez que muitas soluções amigas do ambiente continuam inacessíveis à maioria das marcas devido ao seu elevado preço.
Este assistente ajuda a gerir os múltiplos fatores envolvidos no desenvolvimento de embalagens, identificando áreas prioritárias para otimizar os recursos e minimizar as ineficiências. Um exemplo da sua aplicação é o teste de viabilidade de máquinas de embalagem e selagem. Muitas vezes, as novas embalagens não satisfazem os requisitos operacionais dos clientes que, por razões económicas, preferem manter as suas infraestruturas inalteradas. A inteligência artificial permite antecipar estes problemas, reduzindo o risco de falhas durante o processo de produção.
Ocorrem em áreas isoladas porque há muitos fatores diferentes a considerar. Esta abordagem fragmentada pode dificultar a manutenção de uma visão holística e o equilíbrio efetivo entre prioridades concorrentes. Um dos principais desafios consiste em conciliar a sustentabilidade com a acessibilidade, dois objetivos que frequentemente entram em conflito, uma vez que muitas das soluções de embalagem mais sustentáveis da atualidade continuam fora do alcance da marca média devido aos seus elevados custos.
Um dos materiais que tem suscitado maior interesse é o papel, devido à sua capacidade de reciclagem e ao seu menor impacto ambiental em comparação com o plástico. No entanto, a sua utilização em embalagens tem sido limitada por problemas de eficiência e compatibilidade com as linhas de produção existentes. Os avanços na inteligência artificial estão a ajudar a ultrapassar estas limitações, permitindo o desenvolvimento de soluções de embalagem com um elevado teor de fibras de papel sem comprometer o desempenho.
A utilização de ferramentas baseadas em dados também facilita a tomada de decisões nas empresas. Em vez de se basearem apenas na experiência anterior, os modelos preditivos permitem que as decisões sejam baseadas em dados quantificáveis. Este facto é particularmente útil nos processos de validação interna, em que as alterações têm de ser justificadas a diferentes níveis de tomada de decisão.
A One.five apresentou os seus primeiros produtos na Packaging Innovations & Empack 2025, onde os participantes puderam saber mais sobre a sua abordagem e os benefícios da inteligência artificial aplicada às embalagens. A empresa destaca a importância desta tecnologia para enfrentar os desafios regulamentares e de sustentabilidade que irão moldar o futuro da indústria. Com uma combinação de inovação tecnológica e experiência no setor, a one.five procura posicionar-se como uma referência no desenvolvimento de soluções de embalagem mais eficientes e amigas do ambiente.
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