Enquanto as grandes empresas continuam a dominar o setor, as empresas emergentes oferecem uma visão complementar que impulsiona a inovação com abordagens disruptivas e especializadas. “As startups estão a trazer uma frescura e uma velocidade de inovação que, em muitos casos, as grandes empresas não conseguem igualar”, afirmou Sergio Giménez, diretor comercial do instituto Aimplas, numa conferência durante a feira Plastics & Rubber, realizada em Barcelona, nos dias 12 e 13 de março.
Um dos principais desafios das startups do setor dos plásticos é a necessidade de desenvolver produtos que sejam claramente diferenciados e comercialmente viáveis. Para se destacarem no mercado, estas novas empresas devem oferecer soluções que superem as opções tradicionais, seja através de novos materiais mais sustentáveis ou de tecnologias que otimizem os processos de produção. “O grande desafio das startups é demonstrar que os seus desenvolvimentos são não só mais sustentáveis, mas também eficientes e rentáveis à escala industrial”, explica Giménez.
Na Europa, são vários os exemplos de desenvolvimentos importantes realizados por estas novas empresas, desde tecnologias para o reforço de hidrogénio, a novos materiais termoplásticos com propriedades de reciclagem melhoradas. Estas inovações não só melhoram a eficiência e a sustentabilidade do setor, como também representam oportunidades de negócio ao dar resposta a necessidades específicas do mercado. “Estamos a ver cada vez mais soluções inovadoras em termos de reciclabilidade e eficiência dos materiais, algo que está, sem dúvida, a definir o rumo do setor”, afirmou o diretor comercial do Aimplas.
A ascensão dos bioplásticos também criou espaço para o crescimento destas empresas emergentes. Enquanto as grandes empresas continuam a concentrar-se na sua produção convencional, as startups conseguiram especializar-se em plásticos biodegradáveis e compostáveis, criando novas soluções para setores que procuram alternativas ecológicas. “A procura de plásticos sustentáveis está a crescer exponencialmente e as startups desempenham um papel fundamental no desenvolvimento destes materiais”, afirma Giménez.
À medida que a indústria avança para um modelo mais sustentável, a colaboração entre startups e grandes empresas será fundamental para acelerar a adoção de tecnologias inovadoras. A complementaridade entre estes dois protagonistas não só otimiza os processos, como também lhes permite responder mais rapidamente às exigências de um mercado cada vez mais exigente do ponto de vista ambiental. “A cooperação entre startups e grandes empresas é essencial para transformar a indústria dos plásticos e levar a sustentabilidade para o próximo nível”, concluiu Giménez.
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