É neste contexto que nasce o projeto europeu Joulia, uma iniciativa inovadora financiada pelo programa Horizonte Europa, que promete mudar a forma como esta indústria aquece os seus materiais. O objetivo? Substituir os métodos tradicionais de aquecimento por soluções totalmente elétricas, mais limpas e eficientes.
Durante os próximos quatro anos, 16 parceiros de sete países europeus vão testar duas tecnologias de ponta: o aquecimento por indução eletromagnética e por micro-ondas. Estas técnicas — ambas sem contacto físico direto — serão aplicadas em dois processos críticos: a vulcanização de borracha e a colagem de tubos multicamadas em plástico. A grande novidade é que os testes serão feitos em ambiente industrial real, mostrando na prática o potencial transformador destas soluções.
Para além dos ganhos ambientais, o Joulia visa também reforçar a resiliência energética da Europa, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis importados e aumentando a competitividade das indústrias envolvidas.
O ISQ terá um papel-chave nesta missão. Será responsável por garantir que as novas tecnologias são seguras para os trabalhadores, desenvolvendo normas de segurança e saúde ocupacional. Além disso, irá desenhar planos de formação e requalificação profissional, para preparar os técnicos para esta nova realidade industrial.
“Queremos garantir que a inovação tecnológica caminha lado a lado com a segurança, a capacitação das pessoas e a sustentabilidade social”, explica João Laranjeira, gestor do projeto no ISQ.
Alinhado com as grandes estratégias europeias - como o Fit for 55, o REPowerEU e o Net-Zero Industry Act - o Joulia é mais do que uma experiência tecnológica: é um passo firme para uma indústria mais verde e preparada para o futuro.
O projeto também abre portas à replicação das soluções noutros setores industriais, como o alimentar e o cerâmico, promovendo uma transição energética mais abrangente e acelerando o caminho para a descarbonização da economia europeia.
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